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Sobre

Centro de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros Dra. Nicéa Quintino Amauro (CEAAB-PUC-Campinas) é uma unidade institucional da Pontifícia Universidade Católica de Campinas,  integrada pela comunidade acadêmica interna e pela sociedade civil organizada, representada pelo Movimento Negro de Campinas, que, ciente do racismo estrutural presente na sociedade contemporânea, busca ampliar o diálogo com as diferentes comunidades, estabelecendo parcerias que visam à transformação da cultura racista vigente, motivo pelo qual torna público o compromisso de:

  • Disseminar conhecimento;
  • Enfrentar o racismo institucional, a discriminação racial e intolerâncias correlatas;
  • Desenvolver ações afirmativas de combate ao racismo e em respeito à diversidade cultural.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Propor, implementar, executar e avaliar ações para a educação étnico-racial nos âmbitos do Ensino, da Pesquisa e da Extensão.

História

O CEAAB-PUC-Campinas foi inaugurado em 23 de agosto de 2023, data que marca o Dia Internacional em Memória do Tráfico de Escravos e sua Abolição, num evento organizado com apoio dos departamentos vinculados diretamente à Reitoria da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, do Centro de Referência em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa, da Frente  Regional de Combate ao Racismo e todas as Formas Conexas de Discriminação de Campinas e região, e de diversas frentes do Movimento Negro de Campinas.

O CEAAB foi constituído a partir de esforços de docentes e discentes comprometidos com a luta antirracista, que, desde 2018, se reuniam para estabelecer um protocolo permanente de igualdade racial.

Contato

Centro de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros Dra.Nicea Quintino Amauro – CEAAB
ceaab@puc-campinas.edu.br
(19) 3343-7208

Organização Funcional

A estrutura do CEAAB da PUC-Campinas está integrada às Pró-Reitorias de Graduação; Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão; Educação Continuada; Inovação; e Gestão de Pessoas e Serviços Compartilhados.

O CEAAB conta com uma Coordenação, auxiliada por um Conselho Consultivo que integra os seguintes representantes:

  • Docentes da PUC-Campinas;
  • Discentes da Graduação e da Pós-Graduação da PUC-Campinas;
  • Sociedade Civil;
  • Centro de Referência ao Combate da Intolerância Religiosa de Campinas.

Educação / Formação

A educação para as relações étnico-raciais é um dos temas prioritários para o CEAAB. Entendemos que o processo de educação ocorre a todo o tempo e se aplica aos mais diversos espaços. No entanto, como pondera Nilma Lino Gomes, o processo educativo, dependendo do discurso e da prática desenvolvida, “pode se incorrer no erro da homogeneização em detrimento do reconhecimento das diferenças” (GOMES, 2001, p. 86). O CEAAB, ao conceber o conceito e o processo da educação para emancipação social na e para a diversidade, inclina-se para o desenvolvimento de práticas formativas num contexto de inserção das coletividades negras nos espaços sociais, enquanto imperativo desafio de romper com o silêncio sobre o debate da educação a serviço da diversidade, afirmação e revitalização da autoimagem do povo negro.

As ações formativas propostas para lidar com as tensas relações produzidas pelo racismo e discriminações nas relações entre diferentes grupos étnico-raciais se dão em duas direções: a primeira volta-se para a contínua formação da comunidade acadêmica (discentes, docentes, gestores, funcionários) e a segunda é voltada para as comunidades externas, tanto educacionais quanto corporativas.

A partir de ambas as ações formativas, pretende-se estabelecer interlocuções entre a experiência, a literatura e autores especializados, com vistas à promoção da consciência acerca da realidade sobre o racismo, preconceito, discriminação e ampliação do repertório teórico-conceitual para o enfrentamento dessas questões na sociedade, na escola e nas corporações.

Grupo de Estudos Interativos – Conversas Dialógicas

A criação de Grupos de Estudos Interativos – Conversas Dialógicas prevê a atuação do CEAAB no contato, interlocução e formação docente, discente e da sociedade civil por meio de ações que contribuam para a formação humana, para uma educação voltada para a igualdade das relações étnico-raciais, de gênero, de combate aos conflitos, discriminações e violências, e valorização das múltiplas existências humanas, numa perspectiva interdisciplinar, dialógica, reflexiva e empática.

A metodologia proposta para o desenvolvimento dos Grupos de Estudos está pautada no diálogo, no tempo da escuta e da fala, princípios democráticos da comunicação dialógica entre os seres humanos. Na metodologia proposta para as pautas dos Grupos de Estudos Interativos – Conversas Dialógicas, não há espaço para imposições e autoritarismo intelectual, pois todos os participantes interagem, possuem protagonismo, aprendem entre si e caminham juntos, adotando uma postura efetiva na produção e problematização do conhecimento.

Na teoria dialógica freireana, os sujeitos se encontram para conhecer e transformar o mundo em colaboração. O diálogo, que é sempre comunicação, funda a colaboração que se realiza entre sujeitos. (FREIRE, 2007, p. 47).

A idealização da criação de um Grupo de Estudos sobre a Cosmovisão e Tradição dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana no Centro de Estudos Africanos e Afro-Brasileiro Dra. Nicéia Quintino Amauro  – CEAAB da PUC-Campinas, surge da observação de como na contemporaneidade as temáticas relacionadas à cultura negra brasileira e religiosidade de matriz africana e afro-brasileira vem ganhando espaço em todas as esferas sociais, em específico nas mídias, nas Organizações não Governamentais, na Política, nas Políticas Públicas, na Educação e de forma expressiva nas discussões nas Ciências Humanas e em grande concentração nas Ciências Sociais.

Na observação dessas manifestações tendo os povos negros brasileiros como temáticas de pesquisas e estudos, notam-se expressivas e justas tentativas de reconhecimento da importância destes povos, suas práticas culturais, sociais e tradicionais em um contexto nacional brasileiro, porém ainda insuficientes para provocar mudanças urgentemente necessárias.

Visto que de acordo com o IBGE, o número de africanos escravizados que chegaram ao Brasil foi de 4.009.400, número esse que se tem estimativa de registro (sem considerar os que ficaram ao longo da travessia). Com essa grande profusão da chegada de povos negros e suas culturas ao Brasil, constituem-se a nova diversidade cultural do povo brasileiro, juntamente aos outros dois povos constituintes (brancos e indígenas); número esse que expressivamente demonstra as mazelas que a escravização causou em nosso país, ceifando sociedades inteiras do continente africano.

Embora mesmo com a busca pelo reconhecimento ou tentativa dele, os povos negros em solo brasileiro e seus descendentes nativos de nosso país, ainda perpassam por marginalizações, injúrias, sofrem pelo racismo, desigualdades, falta de reconhecimento indenitário, perseguição religiosa, racismo religioso, haja vista que todas essas mazelas perpetuam o tempo histórico e que ainda não foram alcançadas pela perspectiva social da Constituição Federal Brasileira.

Os povos negros brasileiros precisam lutar incansavelmente para a sobrevivência, pelo reconhecimento de seus direitos, pelo pertencimento que teoricamente é garantido pela constituição vigente, mas que em prática não garante a esses povos a liberdade igualitária sobre suas vidas sociais.

Por outro lado, observamos grandes movimentações acerca de propiciar visibilidade a estes povos, valorização e resguardo de sua cultura ancestral, de suas práticas socioculturais, promoção à educação antirracista e a garantia de seus direitos. Neste sentido o Grupo de Estudos buscará estruturar-se com objetivos bem definidos, que em sua organização primar pela construção de espaços de diálogos, de práticas interinstitucionais, estando no seio do CEAAB, objetiva a interrelação com comunidades, a integralização da produção acadêmica por docentes e discentes da instituição e demais instituições acadêmicas, organizações educacionais, escolas, organizações das religiões afro-brasileiras e de matriz africana, ONGs, grupos culturais, entre outros.

Nossa aula inaugural contou com a presença do Palestrante Dr. Hedio Silva Junior e do Magnífico Reitor Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior na abertura, que pontuou em sua fala o objetivo de desmistificar os preconceitos associados às crenças de tradição afro na Universidade.

Proximos Encontros (Horário: 14h30 as 15h30)

Dia 23 de Maio
Dia 6 de Junho
Dia 20 de Junho
Dia 4 de Julho
Dia 18 de Julho
Dia 1º de Agosto
Dia 15 de Agosto
Dia 29 de Agosto

Pauta de Reuniões:

  • De quando os Africanos foramTrazidos para o Brasil;
  • Tradições Vindas da África e sua Permanência no Brasil;
  • Origens e Tradições;
  • Ancestralidade e Oralidade;
  • Territórios Tradicionais da Cidade de Campinas/SP e da RMC;
  • Visgo para combater o Racismo;
  • Interfaces das Culturas Tradicionais;
  • Cultura: Matriz Transversal
  • Saúde e Alimentação
  • Responsabilidade com o Meio Ambiente

12/03/2024

Hoje começaram, na PUC-Campinas, os encontros do Grupo de Estudo Raça, Cultura e Decolonialidade, uma iniciativa da Escola de Comunicação e Linguagem em parceria com o Centro de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros Dra. Niceia Quintino Amauro – CEAAB. Os encontros ocorrerão no CEAAB, ao longo do primeiro semestre deste 1º semestre, conforme cronograma já definido.

O grupo está composto por 3 docentes e 11 estudantes das Escola de Linguagem e Comunicação. O primeiro livro a ser estudado será Pele Negra, Máscaras Brancas do autor Frantz Fanon (1925-1961).

Sobre o autor Frantz Fanon (1925-1961)

Frantz Fanon nasceu em 20 de julho de 1925, em Martinica, uma ilha no Caribe.

Ele foi um psiquiatra, psicanalista, filósofo e escritor influente. Ativo no movimento de independência da Argélia, apoiou movimentos de libertação de povos em diversas colônias africanas.

Fanon estudou medicina e psiquiatria na França, onde foi exposto ao racismo e à discriminação, experiências que influenciaram profundamente seu pensamento.

Trabalhou como psiquiatra na Argélia, testemunhando os efeitos do colonialismo e da opressão sobre a população local.

É conhecido por obras como Pele Negra, Máscaras Brancas e Os Condenados da Terra. Além de seus escritos políticos, Fanon também escreveu peças de teatro e ensaios literários. Sua obra teve impacto nos estudos pós-coloniais e nos movimentos de libertação ao redor do mundo.

Fanon é considerado uma figura importante no pensamento anticolonial e nos estudos sobre identidade e poder. Faleceu em 6 de dezembro de 1961, aos 36 anos, devido a uma leucemia.

Sobre o livro: Pele Negra, Máscaras Brancas é uma obra seminal de Frantz Fanon, publicada em 1952. O livro aborda a questão da identidade racial e da negritude em um contexto colonial. Fanon explora as complexidades psicológicas e sociais enfrentadas pelos negros que vivem em sociedades dominadas pelo colonialismo e pelo racismo. Ele analisa como o racismo internalizado afeta a autoimagem e a identidade dos indivíduos negros, levando, muitas vezes, à adoção de uma “máscara branca”, para se adequar aos padrões impostos pela sociedade dominante. A obra de Fanon é uma crítica profunda às estruturas coloniais e ao impacto psicológico do racismo, contribuindo significativamente para os estudos pós-coloniais e para a compreensão das dinâmicas de poder e identidade nas sociedades contemporâneas.

Cronograma 2024/1 (Horário: 13h as 14h30)

12/03 Primeiro encontro do grupo
27/03 Prefácio e Introdução e Cap.1. O negro e a linguagem
16/04 Cap. 2. A mulher de cor e o branco e Cap. 3. O homem de cor e a branca
23/04 Cap. 4. Sobre o suposto complexo de dependência do colonialismo
14/05 Cap. 5. A experiência vivida do negro
28/05 Cap. 6. O negro e a psicopatologia
18/06 Cap. 7. O negro e o reconhecimento e conclusão
30/06 Produção final do grupo e certificação aos estudantes

Diálogos sobre Racismo

No encontro dialógico, não “[…] há ignorantes absolutos, nem sábios absolutos, há homens [e mulheres] que, em comunhão, buscam saber mais” (FREIRE, 1983, p. 95)

O Projeto “Diálogos sobre o Racismo” é uma ação iniciada em 2020, criado em parceria com o Centro de Referência em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa e a Frente Regional de Combate ao Racismo e todas as Formas Conexas de Discriminação em Campinas e Região, visando ampliar o debate público sobre o racismo com a sociedade a partir de interação com autores especialistas da comunidade negra, com produções científicas nas mais diversas áreas do conhecimento, visando a um envolvimento maior das comunidades interna e externa da PUC-Campinas, demarcando o posicionamento institucional frente às formas de violência geradas pela discriminação étnico-racial.

 A partir da repercussão positiva das lives e das apresentações dos Grupos Culturais, no período entre 2020 e 2021, que trouxeram a discussão sobre a diversidade com a riqueza dos saberes ancestrais, a PUC-Campinas, a Frente Regional de Combate ao Racismo e Todas as Formas Conexas de Discriminação de Campinas e Região, da qual fazem parte diversos organismos do movimento negro, e o Centro de Referência em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa da Prefeitura Municipal de Campinas congregaram esforços com o compromisso de dar prosseguimento às atividades de forma presencial, voltadas para os públicos interno e externo, promovendo o avanço na produção de conhecimentos com pessoas que compartilham, estudam ou já estudaram sobre a temática étnico-racial, implementando o Centro de Estudos Africanos e Afro-Dra. Nicéa Quintino Amauro (CEAAB), a partir de 2023.

OBJETIVOS

  • Propiciar espaços de discussão interdisciplinar sobre as várias faces do problema do racismo vivido nas diversas esferas sociais.
  • Possibilitar momentos de profunda reflexão sobre a questão étnico-racial, por meio do diálogo entre alunos, pesquisadores, organismos públicos e participantes de movimentos sociais envolvidos com a luta pelos direitos da população negra.

Repositório Digital

TCCs, teses e dissertações sobre questões étnico-raciais.

Galerias de Fotos

16-05-2024 - Diálogos sobre Racismo

14-05-2024 - Palestra Sebastião Arcanjo: Abolição Inacabada

13-05-2024 - Cine Afro-Brasileiro: Imigrantes Haitianos

09-05-2024 - Palestra Jair dos Santos: Desigualdade Racial no Mercado de Trabalho: desafios e perspectivas

08-05-2024 - Palestra Andreia Marques: Imprensa Negra

06-05-2024 - 1º Encontro do Grupo de Estudos de Cosmovisão e Tradição dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana

30-04-2024 - Registro Fotográfico do Diálogos sobre o Racismo

23-04-2024 - Registro Fotográfico da atividade Cine Afro-Brasileiro

02-04-2024 - Seminário sobre Políticas Públicas, da disciplina de Direito ao Desenvolvimento nas ordens Internacional e interna

02-04-2024 - Turma Vida Universitária e Desenvolvimento Integral da Faculdade de Ciências Sociais

30-03-2024 - 39ª Cerimônia da lavagem da escadaria da Catedral Metropolitana de Campinas

22-03-2024 - Aula da turma de Serviço Social com a Profa. Dra. Waleska Miguel Batista

21-03-2024 - Dia da Eliminação da Discriminação Racial (ONU) e dia Nacional das Matrizes de religiões africanas: do direito ao sagrado

12-03-2024 - Grupo de Estudo Raça, Cultura e Decolonialidade

12-03-2024 - Aula do Componente Curricular: Patrimônio, memória e diversidade

07-03-2024 - Banca de heteroidentificação para Bolsa de Estudos

07-12-2023 - Palestra Necropolítica a sombra da morte e a semente da resistência

05-12-2023 - Lançamento do livro Direito e Relações Raciais

30-11-2023 - Visita dos Alunos do Curso de Filosofia Bacharelado ao CEAAB

30-11-2023 - Palestra Sistemas de justiça e segurança pública e racismo estrutural

28-11-2023 - Visita de Naiara Oliveira Silveira

28-11-2023 - Recepção alunos do Curso de Relações Públicas

23-11-2023 - Palestra Educação para as relações étnico raciais nas engenharias, ciências exatas e tecnológicas

16-11-2023 - Palestra Racismo institucional o lugar da escola l

06-11-2023 - Palestra impactos psicossociais do racismo

01-11-2023 - Evento Plantio Baobá

26-10-2023 - Palestra Educação amefricana pensamento de Lélia Gonzalez

25-08-2023 - Inauguração do CEAAB

Acontece

Vídeos

Na Mídia

TV CÂMARA CAMPINAS
MEMÓRIAS DA CIDADE – DIREITOS MULHERES POLÍTICA 08-03-2024

PODCAST: GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR
FORMAÇÃO EM RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS É URGENTE

TV CÂMARA CAMPINAS
CÂMARA NOTÍCIA – TERRITÓRIOS DE RESISTÊNCIA NEGRA – CEEAB 24-11-2023

REVISTA ENSINO SUPERIOR
FORMAÇÃO EM RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

Formação nas relações étnico-raciais

REVISTA DO ADVOGADO (AASP)
IGUALDADE RACIAL: ALÉM DOS LIMITES DA ADVOCACIA