9º Congresso Anptecre tem início com debates sobre “A Religião na América Latina e Caribe: conceitos, relações e perspectivas”
Abertura contou com a presença do Arcebispo Metropolitano, no Auditório do Campus I da PUC-Campinas
Começou nesta terça-feira (19), na PUC-Campinas, o 9º Congresso Anptecre (Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Teologia e Ciências da Religião), que trata como tema neste ano “A Religião na América Latina e Caribe: conceitos, relações e perspectivas”. O evento acontece durante três dias e terá programação on-line e presencial voltada para estudantes e docentes de PPG (Programas de Pós-Graduação) da área de Ciências da Religião e Teologia, Filosofia, Sociologia e interessados no tema.
A abertura foi realizada no auditório do Campus I, com a presença do Arcebispo Metropolitano e Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Dom João Inácio Müller. A mesa diretiva do evento de abertura contou também com o Vice-Reitor da PUC-Campinas, Prof. Dr. Pe. José Benedito de Almeida David; o presidente do Conselho Diretor da Anptecre e docente da PUC-Campinas, Prof. Dr. Glauco Barsalini; o representante da Coordenação da Área 44 da Capes, Ciências da Religião e Teologia, Pro. Dr. Pe. Abimar de Oliveira Moraes; o Coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências da Religião da PUC-Campinas, Prof. Dr. Douglas Ferreira de Barros; e o Coordenador Geral da Comissão Organizadora e docente da PUC-Campinas, Prof. Dr. Pe. Paulo Sérgio Lopes Gonçalves.
Também acompanharam o evento representantes das entidades, instituições, gestores, Pró-Reitores e Decanos, além de alunos e professores da PUC-Campinas.
O Arcebispo Metropolitano iniciou as atividades com uma benção e com o desejo de um bom congresso. “Esse congresso é um marco para PUC-Campinas em razão da relevância do tema e das conexões que esse evento possui com nossa missão de contribuir na construção de uma sociedade fraterna, solidária e justa. Esse congresso cumpre um chamado do Papa Francisco, por meio do Pacto Educativo Global, para que todos no mundo priorizem uma educação humanista e solidária como caminho de transformação da sociedade, visibilizando o Reino de Deus”, disse Dom João.
Na sequência, foi a vez do Vice-Reitor da Universidade falar da importância em receber o evento. “É com muita alegria que nós os recebemos e com muito entusiasmo é que saudamos a realização desse congresso de Teologia e Ciências da Religião, no seio da nossa Universidade. Nós percebemos que o que vem sendo construído no Brasil, em termos de reflexão e de diálogo da Teologia com as outras áreas do saber, podem realmente prometer para nós um futuro bastante promissor, no sentido da defesa da dignidade da vida humana e na defesa da casa comum, como deseja o Papa Francisco”, afirmou o Vice-Reitor.
Todos destacaram bastante a importância de um debate importante em um ambiente acadêmico. “A potente troca de conhecimento que haverá nesses dias proporcionará novos projetos, novas produções e novos conhecimentos. Além do avanço científico, que resulta de um evento dessa natureza e desse porte, o congresso proporciona o engrandecimento da alma. Nele, reencontramos pessoas queridas, conhecemos novas pessoas, abrimos caminhos para exercitar a solidariedade, e comunidade e a amizade”, acrescentou o professor Glauco Barsalini.
“A religião pode integrar os diversos povos e grupos culturais na construção de uma sociedade mais vivível, mais pacífica, mais sustentável, mais justa, mais fraterna, mais sororal. A América Latina e o Caribe apresentam uma situação plural e multifacetada. Que usemos o pluralismo como categoria central em todas as nossas discussões. Mas não só isso. Que o pluralismo possa estar na base das pesquisas e nas bases da Pós-Graduação da nossa área”, afirmou o professor Abimar de Oliveira Moraes.
“Vivemos em um tempo em que a religião, o discurso religioso, a presença religiosa e suas variadas formas de expressão atravessam a nossa vida em múltiplas dimensões, quer nos ponhamos a falar da vida privada, espaço público, poder político, ou se estivermos atentos aos modos de vida tradicionais. E aqueles mais resistentes à afirmação dos laços com o passado e que buscam reinventar a experiência coletiva no mundo contemporâneo, em todos eles, os traços, os sinais e as matrizes religiosas podem ser percebidos”, comentou o professor Douglas de Barros.
O saldo de inscrições também deixou os organizadores bastante satisfeitos. “São seis blocos de estudo, com 10 mesas temáticas, envolvendo um docente de cada um dos 21 programas associados, até então. Lançamos o evento para a comunidade acadêmica, que respondeu com seriedade. Assim, foram lançados 13 grupos de trabalho, evidenciando a tradição de pesquisa em diversos temas e mais 12 seções temáticas, emergentes da articulação entre docentes, de ao menos três programas e dois estados diferentes. Com o lançamento desses grupos, tivemos 575 propostas de comunicação aprovadas e 806 pessoas inscritas para que participem de todo Congresso”, explicou o professor Paulo Sérgio Lopes Gonçalves.
Confira aqui a programação completa do Congresso.