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Estudo do Observatório mostra queda de empregos na construção civil

RMC continua gerando empregos e em setembro foram 3,4 mil novas vagas

Estudos do Observatório PUC-Campinas com dados consolidados do mês de setembro mostram que a RMC gerou no mês 3.430 novos contratos de trabalho. Com esse desempenho a região já acumula 51.555 novos contratos em 2022. Este saldo positivo, a RMC representa 5,6% do fluxo de empregos gerado em São Paulo. O indicador, entretanto, fica abaixo dos observados em junho e junho e a diminuição é reflexo de cortes na construção civil e perdeu 545 postos de trabalhos.

Campinas segue na liderança de geração de novos contratos (1.371). Sumaré, com 479 novos contratos, ocupa a segunda posição. Chama atenção a perda de 655 postos de trabalho em Paulínia.

“Apesar do dinamismo da geração de emprego em RMC comparativamente à participação histórica no emprego gerado em São Paulo, chama atenção ter caído um pouco em setembro, em especial devido à perda do emprego na construção civil”, diz a Profa. Dra. Eliane Rosandiski, coordenadora do estudo. A RMC, que concentra cerca de 7,5% do emprego, ainda registra uma participação de 8,5% no fluxo de novos contratos gerados em São Paulo.

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O movimento registrado em setembro está fortemente vinculado às atividades de comércio e serviços. O perfil de emprego demandado nessas atividades pode estar associado ao ensino médio, jovens de 18 a 24 anos e mulheres. Apesar do saldo positivo, o fato de 9,8% dos novos contratos serem flexíveis traz como contrapartida maior instabilidade da manutenção do consumo dos trabalhadores.

Além disso, o perfil do saldo de emprego gerado mostra que 2.754 contratos realizados na faixa de 18 a 24 anos, 88,6% preenchido por jovens de 18 a 24 anos. Desses 1.052 em comércio e 932 em vagas terceirizadas para funções transversais (condutores de veículos em operador de equipamentos.

Os postos de trabalho também são marcados pela baixa remuneração: valor de setembro: R$ 1.724,13. Vale registrar que o salário médio dos admitidos em setembro foi R$ 2.219,69.

Esse processo de recuperação/recomposição do mercado de trabalho vem ocorrendo em ocupações informais, como resultado estima-se uma informalidade em torno de 36,4% (sem carteira, conta-própria).

Assim sendo, a despeito da recuperação observada, incertezas decorrentes do cenário internacional, da alta taxa de juros interna e da possível retomada da inflação reduzem a confiança do setor produtivo e afeta o movimento de geração de emprego, elemento decisivo para círculo virtuoso de crescimento.

Mulheres

A contratação de mulheres representou 61% do saldo de empregos. Por faixas de escolaridade, seguindo a tendência, observa-se que 63% do saldo de contratos foi preenchido por profissionais com médio completo.

Por faixa etária os jovens de 18 a 24 anos tiveram participação relativa em 80% no saldo dos contratos gerados. Em setembro foram observadas reduções de contratos em todas as faixas de escolaridade acima de 30 anos, maior perda foram 274 na faixa de 50 a 64 anos.



Marcelo Andriotti
31 de outubro de 2022