Observatório PUC-Campinas divulga estudo sobre investimentos em Campinas

Trabalho é resultado de um acordo de cooperação entre a Universidade e a Prefeitura

O Observatório PUC-Campinas está divulgando o estudo “Panorama de investimentos no município de Campinas (2012 – 2022)”, resultado de um acordo de cooperação entre a Universidade e a Prefeitura de Campinas para a realização de análises de dados econômicos do município que sirvam de orientação de investimentos, projetos futuros e políticas públicas.

O trabalho foi coordenado pelo Prof. Dr. Cristiano Monteiro da Silva, docente-extensionista do Observatório PUC-Campinas, com o auxílio dos estudantes Davi Machado P. Amaral (Faculdade de Ciências Econômicas), Giovana Silva (Faculdade de Direito), Lívia Maria Tibúrcio Bulhman (Faculdade de Ciências Econômicas) e Matheus Constante Costa (Faculdade de Ciências Econômicas).

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O trabalho analisou aspectos do recente processo decisório de investimentos no município de Campinas, sem perder de vista as localidades regionais do estado de São Paulo.

A análise destacou que Região de Campinas assumiu uma posição especial no processo decisório de investimentos, comparada a diversas localidades regionais do estado de São Paulo, no período de 2012 a 2022.

Em Campinas, a maior parte dos investimentos confirmados em atividades da Indústria, de Serviços e do Comércio está classificada como implantação, ou seja, os resultados asseguram diferentes níveis de criação de empresas ou unidades locais. Na Indústria, este mencionado tipo de investimentos equivalente a 63%, no setor de Serviços, o percentual encontra-se perto de 59%, o Comércio aparece com 96% do valor total.

Os investimentos designados aos segmentos da Indústria aparecem como implantação de empresa de produção de painéis de energia fotovoltaica, construção de fábrica de produção de painéis solares, construção de fábricas de veículos elétricos, implantação de fábrica de ônibus elétricos, entre outros importantes tipos de investimentos. São investimentos alinhados aos sentidos do desenvolvimento sustentável, bem como aos novos paradigmas tecnológicos assumidos na dinâmica da Indústria, no plano mundial.

O setor de Serviços, sobretudo os segmentos classificados como Serviços Intensivos em Conhecimentos e Tecnologias, aparecem como protagonistas das decisões de investimentos na municipalidade de Campinas, sendo que em alguns anos desta série, que percorre o período de 2012 a 2022, o setor de Serviços atingiu a expressividade de mais de 70% do valor total de investimentos confirmados nesta localidade municipal.

Os segmentos de Serviços denominados como Pesquisa e Desenvolvimento Científico, Atividades de Atenção à Saúde Humana, Serviços de Tecnologia de Informação e Educação promoveram importantes e valiosos investimentos para a criação de novas tecnologias de energia solar na área de semicondutores, a construção de laboratório de tecnologia de banco digital, a construção de complexo de acelerador de partículas, os espaços de cocriação de experiências digitais, a pesquisa e o desenvolvimento de softwares, a abertura de centro de trauma em hospital, a inauguração de franquia de moradia de longa permanência de idosos, a inauguração de centro de oncologia, o desenvolvimento de tecnologias relacionadas a internet das coisas, a inteligência artificial, a ampliação de data center, a instalação de empresa de tecnologia de informação especializada em gestão integrada, a instalação de equipamento simulador de voo para treinamento em aeronave, entre outros importantes e valiosos investimentos.

O setor de Serviços de Campinas alcançou o valor de investimentos que se situa entre os mais altos no plano estadual de São Paulo, comparado ao valor de investimentos realizado pelo setor de Serviços dos demais municípios desta localidade. Sem dúvida, um resultado muito valioso, cuja fenomenologia socioeconômica carece de investigações científicas.

As relações sistêmicas que norteiam o processo decisório de investimentos, reproduzem uma base econômica constituída por diferentes tamanhos de empresas, assegurando empregabilidade para os diferentes agrupamentos da população economicamente ativa, de forma especial os empregos de pessoas inscritas na faixa etária de 18 a 29 anos.