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PUC-Campinas e FEAC apresentam estudos sobre vulnerabilidade social na região

Seminário trouxe a identificação de regiões por meio de análise de números para construção de índice que pode auxiliar na formulação de políticas para as respectivas regiões e também um mapeamento do Campo Belo

A PUC-Campinas, através de uma parceria com a Fundação Feac, realizou, nesta terça-feira (4), o Seminário “Periferias na Centralidade: desvendando a vulnerabilidade social nas regiões periféricas”. O evento trouxe duas mesas-redondas com estudos sobre vulnerabilidade social em Campinas.

O evento contou com a presença do Reitor da PUC-Campinas, Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior; o Vice-Reitor da Universidade, Prof. Dr. Pe. José Benedito de Almeida David; a Pró-Reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, Profa. Dra. Alessandra Borin Nogueira, o Diretor Geral Da Fundação Feac, José Roberto Dalbem; os autores dos estudos, professores e representantes de comunidades em áreas de vulnerabilidade.

A primeira mesa-redonda foi formada pela Profa. Ma. Raquel Alonso, integrante do Núcleo de Estudos, Diagnósticos e Gestão do Conhecimento da Fundação Feac; o Prof. Dr. Paulo Oliveira, que lidera estudos do Observatório da PUC-Campinas; a Profa. Ma. Elaine Garcia Minuci, assessora técnica da Fundação SEADE; o Prof. Dr. Gustavo de Oliveira Coelho de Souza, gerente de Geoprocessamento do SEADE; e o Prof. Dr. Cleandro Krause, técnico de planejamento e pesquisa do Instituto De Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Eles apresentaram um estudo com índice relacionado a vulnerabilidade de regiões de Campinas, baseado em dados do CadÚnico. “O índice surge de uma demanda da sociedade, que é, naquele momento, pronunciada pela Feac, para identificar regiões mais vulneráveis do município, sobretudo para motivar a ação do terceiro setor, naquele momento. Durante o trabalho, nas primeiras aplicações da metodologia proposta, percebemos que o índice teria aplicações para além da identificação de áreas vulneráveis no município. Poderíamos usá-lo para entender melhor algumas relações importantes entre fatores de vulnerabilidade e contribuir de forma mais ampla com as ações do terceiro setor e com a política pública”, comentou om professor. “A nossa contribuição para a sociedade é, justamente, identificar quais são essas áreas que podem ser lidas como áreas prioritárias de ação do terceiro setor, ou mesmo da política pública, no combate ou na mitigação das mazelas da vulnerabilidade social. Então o índice tem esse papel, e é essa a expectativa: que ele possa servir a esses atores na luta contra a vulnerabilidade social”, completa o pesquisador do Observatório.

Para conhecer o estudo completo, clique aqui.

Na sequência, a segunda mesa-redonda foi composta, com a Profa. Dra. Vera Lúcia dos Santos Plácido, Gerente de Extensão da Pró-Reitoria De Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da PUC-Campinas; o Prof. Dr. Ednelson Mariano Dorta, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e a Prof. Dr. Adryane Gorayeb, do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará.

A professora Vera apresentou um projeto de extensão desenvolvido na região do Campo Belo, em Campinas, que usou a metodologia da cartografia social para entender como as pessoas que moram no lugar percebem a vulnerabilidade social, assim como entendem as demandas e potencialidades do local.

“Trata-se de um exercício fundamental para a consciência cidadã e, porque não dizer, para a gestão comunitária. No projeto desenvolvido percebemos que as pessoas não ignoram os vários riscos a que estão submetidas, mas, aspiram mudanças no lugar, pautadas na vivência e experiência. Apontam a necessidade de cuidar das crianças, dos adolescentes e dos idosos. Destacam que necessitam de projetos, como hortas comunitárias, de cursos voltados a especialização tecnológica, de entidades com projetos voltados às crianças, de atividades artísticas e esportivas. Se observarmos com rigor, o que apontam está alinhado aos objetivos do desenvolvimento sustentável e a conquista de Direitos Humanos”, aponta a docente.

Silene Cardoso dos Santos Sousa atua como liderança no Campo Belo e junto ao Grupo Raiz, tem participado da construção desses estudos. Ela fala da importância do trabalho e descreve a atuação no bairro. E reforça a esperança de que o local tenha um futuro melhor. “Nós fizemos visita nas ruas, nas casas, nos projetos, mapeamos seria bom haver uma unidade do “Bom Prato”, onde poderia ter um Poupatempo, uma lotérica, um asilo, projetos sociais, posto de gasolina, hospital e assim por diante”, explica a moradora. “Devido à carência das pessoas em vários aspectos, nós sonhamos com a Vera, com esse mapeamento, em ter um hospital aqui gratuito, é o sonho da população”, completou.

Confira aqui a apresentação do trabalho.



Carlos Giacomeli
6 de junho de 2024