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Estudantes de intercâmbio da PUC-Campinas retornam após três semanas de estudos em Salamanca

Selecionados cursaram a língua espanhola em uma das mais prestigiadas universidades do mundo

Dois estudantes da PUC-Campinas retornaram, no último dia 19 de julho, de uma viagem de intercâmbio à Espanha após três semanas de estudos de língua espanhola (castelhana) na Universidad de Salamanca, uma das mais prestigiadas do mundo.

A doutoranda em Educação, Angélica Lima da Silva, e o aluno de Direito, Wellington Mendonça Cardoso Júnior, foram escolhidos por meio da avaliação de seus históricos escolares, tendo como base as suas médias aritméticas (média de todas as notas recebidas em seus respectivos cursos até o momento).

O curso de espanhol; as passagens aéreas; a acomodação; as refeições, incluindo café da manhã, almoço e jantar; o traslado para o aeroporto e a Universidad de Salamanca; e alguns passeios e atividades culturais pela cidade foram totalmente custeados pelo Banco Santander através do programa Top España, que foi desenvolvido com o objetivo de aprimorar os conhecimentos na língua castelhana e na cultura espanhola.

Oitenta alunos fizeram parte do programa neste ano, sendo todos recepcionados pelo próprio reitor da Universidad de Salamanca, Antonio Muro Álvarez.

A PUC-Campinas mantém essa parceria com o banco desde 2018 e oferece, anualmente, essa oportunidade aos alunos e alunas de graduação e pós-graduação da Universidade. Como a viagem é realizada no período de férias, ela não interfere no andamento dos cursos dos estudantes selecionados.

Experiência transformadora
A doutoranda Angélica explica que “a experiência gerada pelo programa Top España é realmente transformadora. O nosso acolhimento na Espanha, realizado pelo pessoal do Santander, foi maravilhoso. Eles nos acompanharam durante a viagem, nos auxiliando no processo de hospedagem e nos apresentando a cidade e a Universidade (de Salamanca). Isso foi realmente muito importante”.

Além disso, ela diz que algo que a marcou muito foi conhecer pessoas de diversos locais do Brasil, que também participaram dessa edição do programa e possuíam hábitos e costumes completamente diversos do seu. “Eu sou de Campinas, mas participaram do Top España pessoas dos mais diversos rincões do Brasil, vindas do Amazonas, do Piauí, de muitos lugares. Durante a viagem, a gente foi conhecendo essas histórias e isso foi muito interessante. Já em Salamanca, o que mais me impressionou, além da suntuosidade da Universidade, que tem mais de oitocentos anos de história e conta com prédios incríveis, é que a cidade gira em torno dela”.

A estudante diz ainda que oitenta alunos fizeram parte do programa neste ano, sendo todos recepcionados pelo próprio reitor da Universidad de Salamanca, Antonio Muro Álvarez. Ela ainda completa dizendo que a instituição possui um centro de estudos brasileiros, onde são ministradas aulas de português e promovidas inúmeras exposições de trabalhos de artistas tupiniquins.

Angélica teve a oportunidade de conhecer vários lugares históricos da cidade espanhola, dentre os quais, a Plaza Mayor e a Catedral.

“Esse professor que nos mostrou o centro de estudos é um grande estudioso do Brasil, conhece muito da história do nosso país e a ensina na Universidad de Salamanca. Então, o que chama atenção nessa cidade é que tudo gira em torno da educação, da quantidade de cursos que essa instituição oferece e que recebe gente do mundo inteiro nessa época do ano, que é o verão, para aprender o idioma espanhol. Além do contato com os locais, a gente ainda teve a oportunidade de conversar e conhecer muita gente de vários outros lugares do planeta, ou seja, foi realmente uma experiência transformadora”, relata Angélica.

Enriquecimento pessoal e profissional
Wellington, por sua vez, ressalta que esse período em Salamanca o permitiu imergir na “rica cultura local, experimentar a culinária, participar de festividades e visitar lugares históricos, como a Plaza Mayor e a Catedral, interagindo com pessoas de todo o mundo e ampliando a minha perspectiva cultural”. Ele participou de dois cursos intensivos nesse período: de espanhol e de espanhol para negócios.

O estudante afirma ainda que a experiência foi extremamente positiva e transformadora. “Aprimorei meu espanhol, ganhei uma compreensão mais profunda de diversas culturas e desenvolvi habilidades importantes para a minha carreira, como a adaptação a ambientes multiculturais. Essa vivência enriqueceu o meu desenvolvimento pessoal e profissional, preparando-me melhor para futuros desafios. Estou muito contente, pois a experiência foi magnífica”.

Número de inscritos
De acordo com o Prof. Me. Carlos Pizzolatto, coordenador do Departamento de Relações Externas da PUC-Campinas, “o número de estudantes inscritos no Top España nos surpreendeu muito neste ano. Foi o maior de todas as edições do programa aqui na Universidade. Em menos de um mês, recebemos quinhentas inscrições, o que tornou o processo ainda mais seletivo”.

Wellington, que realizou dois cursos intensivos na Universidad de Salamanca, disse ter podido, durante a viagem, interagir com pessoas de todo o mundo e ampliar a sua perspectiva cultural.

Viés social
Evandro Marcelino Martins, analista de relações internacionais do Departamento de Relações Externas da PUC-Campinas, explica que o programa conta também com um importante viés social e que durante o processo seletivo, houve uma preferência pela escolha de alunos pertencentes a grupos minoritários, uma vez que o próprio edital emitido pelo Santander trazia em si a indicação de preferência por alunos pretos, pardos, indígenas e mulheres e que também fossem bolsistas. Nesse caso, ambos os alunos se autodeclararam pardos.

“Nós (da PUC-Campinas) entendemos que isso seja importante, uma vez que esses grupos são sempre os mais afetados pela falta de oportunidade na hora da realização de um intercâmbio e o programa os prioriza porque, muitas vezes, eles se encontram em estado de vulnerabilidade social. Além disso, o Top España possibilita um aprimoramento acadêmico e cultural que, frequentemente, para esses grupos, não está ao alcance, ou seja, é uma grande contribuição social que a Universidade realiza em parceria com o Santander, reforçando os nossos valores, sobretudo o do compromisso social dentro de nossa missão de construção de uma sociedade justa e fraterna”, comenta o analista.

Evandro encerra salientando que “não é difícil observarmos as dificuldades em desenvolvermos boas relações internacionais com os nossos vizinhos simplesmente por não termos conhecimento suficiente da língua espanhola. Por isso mesmo, o projeto é tão importante para a PUC-Campinas, pois agrega ao nosso aluno uma vantagem competitiva a partir do estudo do castelhano, uma vez que o Brasil está rodeado por países que têm esse idioma como língua oficial”.



Daniel Bertagnoli
22 de julho de 2024