PUC-Campinas se destaca no FNESP 2024 com debates sobre inovação, empreendedorismo e saúde mental
Com a participação de mais de 1.400 especialistas e gestores, o evento promoveu discussões essenciais para o futuro da educação superior no Brasil
O 26º Fórum Nacional do Ensino Superior Particular (FNESP), realizado nos dias 18 e 19 de setembro de 2024, no Centro de Convenções Anhembi, em São Paulo, reuniu mais de 1.400 participantes, incluindo especialistas e gestores, para debater o futuro da educação superior no Brasil e na América Latina. O evento foi uma oportunidade para discutir inovações acadêmicas, empreendedorismo e o papel crucial do acesso digital na promoção da justiça social.
A PUC-Campinas teve uma presença marcante, com suas pró-reitoras de Graduação, Profa. Dra. Cyntia Belgini Andretta, e de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, Profa. Dra. Alessandra Borin Nogueira, que participaram de painéis importantes sobre inclusão, inovação e transformação digital no ensino.
Além da presença de representantes de instituições renomadas, a FNESP também contou com grandes nomes do cenário educacional brasileiro, reforçando a relevância do evento. Entre os destaques estavam o ministro da Educação, Camilo Santana; a secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), Marta Abramo; o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), André Guilherme Lemos; e o presidente do Inep, Manuel Palacios. Esses líderes, juntamente com figuras como Henrique Sartori, presidente da Câmara de Educação Superior do CNE, e Renato Pedrosa, membro da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), trouxeram reflexões sobre o novo Plano Nacional de Educação (PNE) e as metas para os próximos dez anos, discutindo estratégias para o avanço da educação no Brasil.
Inclusão e justiça social no ensino digital
No painel “Código-Fonte: Acesso Digital Também é Justiça Social”, realizado no palco principal do Fórum, a pró-reitora de Graduação, Cyntia Andretta, discutiu ao lado de António Manuel de Almeida Dias, presidente da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado (APESP), e de Ruy Guérios, fundador do Centro Universitário Eniac. O debate se focou em como a educação digital pode ser uma ferramenta poderosa de inclusão e justiça social, levantando questionamentos sobre se o avanço tecnológico está realmente contribuindo para reduzir ou intensificar as desigualdades sociais.
Durante a sua fala, a professora Cyntia Andretta destacou as iniciativas da PUC-Campinas, como a implantação do Centro de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros “Dra. Nicéa Quintino Amauro” (CEAAB), que desempenha um papel crucial na promoção da igualdade social ao reconhecer a presença do racismo estrutural na sociedade contemporânea, buscando sempre ampliar o diálogo com diferentes comunidades e estabelecendo parcerias que visam transformar a cultura racista vigente. Entre seus compromissos estão a disseminação do conhecimento sobre a igualdade racial, o enfrentamento do racismo institucional e a discriminação racial e intolerâncias correlatas, além de desenvolver ações afirmativas que respeitem a diversidade cultural.
A pró-reitora também apresentou durante sua explanação o programa Manacás, que utiliza objetos digitais de aprendizagem para apoiar estudantes, inclusive aqueles com necessidades especiais, como os portadores de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ela ressaltou que essas tecnologias, quando bem aplicadas, têm o potencial de tornar o ensino mais acessível e eficaz.
Outro ponto relevante abordado pela docente foi a curricularização da extensão, que é a integração de atividades de extensão ao currículo acadêmico. “Essa prática aproxima a Universidade da comunidade, proporcionando aos estudantes uma formação mais ampla e humana. Esse eixo transversal é fundamental para promover uma educação verdadeiramente integral e inclusiva”, explica a professora Cyntia Andretta.
Inovação e empreendedorismo nas universidades
A pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da PUC-Campinas, Alessandra Nogueira, por sua vez, participou do painel “Universidades Inovadoras”, onde apresentou insights e experiências ao lado de Paula Cristina Trevilatto, pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), e Luiz Cláudio Pereira, diretor de Ensino da Afya. Durante a sua fala, ela trouxe exemplos concretos de projetos e iniciativas inovadoras em diversas instituições de ensino superior, destacando, especialmente, as boas práticas adotadas pela PUC-Campinas e enfatizou as inovações realizadas nas áreas de graduação, pesquisa e extensão, com foco em programas institucionais como o Mescla e o Manacás.
Ainda durante o painel, a professora destacou que um dos eixos do planejamento estratégico da Universidade é a inovação e o empreendedorismo e que este tema também está presente nas reflexões do comitê que está trabalhando no projeto “PUC Rumo aos 100 Anos”.
“Nos últimos anos, a implantação de diferentes programas institucionais ampliou as oportunidades de inovação na tríade composta por ensino, pesquisa e extensão. Um exemplo apresentado durante o painel foi o Programa Mescla e a sua relevância em diferentes frentes, como a cultura da Política de Propriedade Intelectual, a Residência Tecnológica, as práticas de empreendedorismo, a incubação, os laboratórios em consórcio com empresas, entre outras ações”, esclarece a pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da PUC-Campinas.
Alessandra Nogueira comenta ainda que outro exemplo mencionado por ela durante o painel no que se refere a inovação para o ensino, ao uso da tecnologia como mediadora em processos de ensino e aprendizagem e a capacitação de docentes e estudantes foi o Programa Manacás. Ela comenta ainda ter mencionado “outros programas institucionais também, como o ProHabitat, o Observatório PUC-Campinas, o Vitalità e o Centro de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros ‘Dra. Nicéa Quintino Amauro’ (CEAAB), que também entrelaçam ensino, pesquisa, extensão, inovação e curricularização da extensão como práticas inovadoras”.
A pró-reitora completa dizendo que “considerados como exemplos de inovação, por realizarem ainda mais a integração entre pesquisa, extensão e graduação com a sociedade, estes programas são arranjos inovadores que a Universidade tem como diferenciais para os seus estudantes, oportunizando para eles uma formação consistente, ampla e integral”.
Saúde mental dos estudantes em pauta
Durante o 26º FNESP, a professora Cyntia Andretta, pró-reitora de Graduação da PUC-Campinas e graduada em Jornalismo, participou do podcast “Gestão do Ensino Superior”, produzido pela revista Ensino Superior.
A apresentação do podcast foi realizada por Sandra Seabra Moreira e Gustavo Lima, que mediaram a discussão sobre a importância de projetos inovadores para a promoção da saúde mental nas universidades. Além da participação da professora Cyntia Andretta, o episódio conta ainda com a participação de Clio Nudel Radomysler, líder de projetos do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação (CEPI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), representando a FGV Direito SP.
“Nossa conversa foi focada em saúde mental, um tema essencial na educação. Discutimos o trabalho do Grupo de Vivência Cooperativa e Solidária, que atua na PUC-Campinas desde 2018, oferecendo apoio a estudantes que enfrentam desafios acadêmicos e pessoais, especialmente durante o período de adaptação ao ambiente universitário. Também exploramos o papel dos professores no suporte emocional aos alunos, algo cada vez mais vital no contexto acadêmico”, esclarece a pró-reitora.
O podcast é extremamente reconhecido por promover debates com gestores, reitores, coordenadores, professores e estudantes sobre temas relevantes e atuais no cenário do ensino superior, contribuindo para a troca de experiências e ideias que impactam diretamente o setor educacional.
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