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Programa Bombeiro na Escola entrega certificado de conclusão a 48 alunos do Colégio PIO XII

Durante o curso, eles aprenderam sobre situações e atitudes de risco com o intuito de evitá-las

Quarenta e oito estudantes do Colégio de Aplicação PIO XII receberam os seus certificados de conclusão de curso em solenidade de formatura do Programa Bombeiro na Escola realizada no último dia 4 de outubro, junto a representantes do 7º Grupamento de Bombeiros Militares do Estado de São Paulo, cuja sede fica em Campinas.

Representantes do Colégio de Aplicação PIO XII e do 7º Grupamento de Bombeiros Militares do Estado de São Paulo premiam os alunos vitoriosos no concurso de redações sobre o Bombeiro na Escola.

Ao longo da formação, que foi ministrada nos meses de agosto e setembro e contou com um total de 4 horas/aula, os alunos e alunas do 4º e 5º anos aprenderam a identificar situações e atitudes de risco a fim de evitá-las, tornando-se agentes transformadores em quaisquer ambientes em que estiverem inseridos, sem serem expostos a perigos e ameaças.

Durante a cerimônia, compuseram a mesa diretora, além do comandante do 7º Grupamento de Bombeiros Militares do Estado de São Paulo, Capitão Mário Nascimento; a coordenadora pedagógica do Colégio de Aplicação PIO XII, Andréa Murarolli; e as professoras Daniela Colla (representando o 4º ano A), Marina David (representando o 5º ano B) e Michele Formenti (representando o 5º ano A).

Além dos discursos proferidos pelo Capitão Nascimento, pela professora Michele e pela coordenadora Andréa, também foram divulgados os vencedores de cada turma para a melhor redação realizada sobre tudo o que foi aprendido durante o curso. Os estudantes Francisco Maito, Gustavo Rodrigo de Souza e Rafael Silva Santos foram os vitoriosos.

Durante o evento, o Capitão explicou que o principal objetivo da Corporação é, de fato, trabalhar com prevenção e que o Bombeiro na Escola é um programa cujo intuito é o de conscientizar para o risco dos acidentes e sobre como é possível evitá-los, completando que “muito além daquilo que a grande maioria das pessoas está acostumada a ver, o Corpo de Bombeiros não só apaga incêndios ou realiza salvamentos, mas também educa para a prevenção, o que pode fazer toda a diferença em uma situação em que a vida de alguém possa estar em risco”.

Durante o evento, o Capitão Nascimento explicou que “muito além daquilo que a grande maioria das pessoas está acostumada a ver, o Corpo de Bombeiros não só apaga incêndios ou realiza salvamentos, mas também educa para a prevenção, o que pode fazer toda a diferença em uma situação em que a vida de alguém possa estar em risco”.

A professora Michele Formenti agradeceu a Corporação pelas “orientações sobre segurança e proteção de incêndios” e que “o trabalho valioso dos bombeiros não apenas educou, mas também motivou nossos alunos a refletirem sobre a importância da proteção e da solidariedade. A forma como os bombeiros educadores compartilharam as suas experiências e conhecimentos foi verdadeiramente cativante”. Ela ainda os parabenizou por dedicarem o seu tempo e compartilharem a sua paixão pelo serviço à comunidade.

Prevenção e multiplicação
Para a coordenadora pedagógica Andréa Murarolli, a importância da existência de um projeto como o Bombeiro na Escola se dá, em especial, por conta do ensino voltado aos estudantes no que se refere à prevenção, mas que, para além disso, existe ainda a questão de elas saberem como agir no caso de uma situação de emergência e que “o Programa, além de preventivo, é de muita orientação”.

Ela continua dizendo que “ao final, as crianças se tornam agentes multiplicadoras e, uma vez isso acontecendo, seus pais, irmãos, irmãs, parentes em geral, colegas de escola e afins acabam recebendo delas as informações que elas aprenderam com os bombeiros em sala de aula. Esse replicar é o que há de mais importante no Bombeiro na Escola, pois quando uma criança aprende algum conteúdo e o introjeta em sua vida, ela se sente muito feliz de também passar esse ensinamento para os outros, em especial na faixa etária contemplada, quando o conteúdo delas já é mais denso”.

Para a coordenadora pedagógica Andréa Murarolli, a importância da existência de um projeto como o Bombeiro na Escola se dá, em especial, por conta do ensino voltado aos estudantes no que se refere à prevenção, mas que, para além disso, existe ainda a questão de elas saberem como agir no caso de uma situação de emergência e que “o Programa, além de preventivo, é de muita orientação”.

Andréa explica que este tipo de aprendizado (de prevenção a acidentes, incêndios e afins) é muito significativo e sólido, “mesmo porque o curso foi bastante bem orientado e com muita ludicidade”.

Alunos
Francisco Maito, aluno do 5º ano B, comenta que, ao longo do curso, aprendeu que trote é crime e que usar o cinto de segurança não é só importante, mas obrigatório. Além disso, ele diz também ter aprendido que os bombeiros sempre buscam, além de apagar incêndios, a prevenção em todas as situações, bem como realizar resgates e salvamentos de pessoas e animais.

Francisco continua dizendo que aprendeu também que não se pode dirigir alcoolizado e que, ao andar de bicicleta, é preciso estar sempre com equipamentos de proteção. Por fim, esclarece que, por conta do curso, agora ele conhece o número de telefone que deve ser discado para se acionar o Corpo de Bombeiros em caso de emergência: o 193.

Gustavo Rodrigo de Souza, do 4º ano B, diz ter aprendido ainda que se for preciso acionar uma ambulância, o número é o 192, que o da Polícia Militar é o 190 e o das guardas municipais é o 153. O estudante do 5º ano A, Rafael Silva Santos, por sua vez, explicou ter aprendido que, ao ir à praia é preciso sempre estar em um lugar onde haja um guarda-vidas.

Auto Salvamento Especial
Após a cerimônia de entrega dos certificados, foi exposto, no pátio do Colégio, o Auto Salvamento Especial (ASE), um caminhão da marca Scania, de 580 cavalos, que custou 2 milhões e 800 mil reais e é o primeiro caminhão montado no Brasil. O Corpo de Bombeiros Militares do Estado de São Paulo adquiriu quatro destes. Além de Campinas, os municípios de Bauru, Santos e São Paulo (capital) também receberam uma unidade cada.

Próprio para a realização de salvamentos, o veículo não leva reservatório de água e tem um guincho em sua dianteira que puxa até vinte toneladas e um munck em sua traseira que suporta até cinco toneladas e 800 quilos. Ele já foi utilizado em salvamento de pessoas que ficaram presas em ferragens após acidentes automobilísticos, pois possui uma plataforma dianteira que, ao ser rebaixada, pode cortar diversos tipos de automóveis, incluindo caminhões e ônibus.

Objetivo do Programa
De acordo com o subtenente Luís Carlos Dicara, auxiliar de Relações Públicas e Institucionais do 7º Grupamento, o objetivo do Programa é transmitir informações necessárias para que incêndios e acidentes não aconteçam, gerando uma cultura de prevenção na formação das crianças.

Composto por quatro encontros de uma hora cada, as crianças puderam aprender como acionar os bombeiros, o que são rotas de fuga, como agir no caso de uma emergência e como evitar e se comportar em caso de determinadas eventualidades como afogamentos e acidentes de trânsito ou no lazer.

“O Bombeiro na Escola existe desde 2020 e quaisquer escolas podem solicitar que o Corpo de Bombeiros ministre o curso aos seus estudantes e isto é muito importante, pois o acidente pode se tornar algo muito pior a partir do momento em que as pessoas não possuem conhecimento sobre como agir no caso de um desmaio ou um engasgo e as crianças possuem uma facilidade muito grande para compreender e repassar as informações apreendidas adiante e se elas aprendem sobre isso na escola, transformam-na em um lugar mais seguro e, por consequência, uma casa mais segura também, uma vez que multiplicam essas informações aos seus pais ou responsáveis”, explica o subtenente.

Dicara ressalta que de tudo o que as crianças aprenderam, o mais importante, talvez, sejam as informações de como se deve agir em caso de acidentes. Ele comenta que a pessoas que estiverem nessa situação precisam manter a calma, ligar para 193 e responder a todas as perguntas do atendente.



Daniel Bertagnoli
23 de outubro de 2024