PUC-Campinas lança laboratório de Segurança Cibernética
Cerimônia contou com autoridades e integrantes do ecossistema de inovação do Mescla, que agora passam a contar com novo espaço para capacitação e busca de soluções para a área
A PUC-Campinas lançou, na manhã desta segunda-feira, 18 de novembro, o novo Laboratório de Segurança Cibernética, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT). A novidade tem por objetivo apresentar soluções à crescente demanda por profissionais especializados em cibersegurança e desenvolver soluções aos desafios cada vez mais complexos do mundo digital.
Estiveram presentes na cerimônia de lançamento o Reitor da PUC-Campinas, Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior; o Vice-Reitor, Prof. Dr. Pe. José Benedito de Almeida David; o CEO do INDT, Geraldo Feitoza; o Diretor do Departamento de Informatização de Campinas (DEINFO), Rogério Amarante; Doutor em Administração de Empresas e diretor de Negócios da Nokia, Rodrigo Michel de Moraes; a Diretora de Inovação do Mescla, Diane Teo de Moraes; o Presidente da Fundação Fórum Campinas Inovadora, Eduardo Gurgel do Amaral, ; além de Pró-Reitores, Gestores, representantes de empresas parceiras do Mescla, estudantes e convidados.
O Reitor da Universidade agradeceu pelo trabalho de toda a equipe e o emprenho para a construção do laboratório. “O projeto que hoje inauguramos, que está concretizado neste laboratório, mostra que a Universidade está atenta ao contexto do desenvolvimento da sociedade e do conhecimento do mundo de hoje, onde o trânsito de informações e dados acontece por meio digital. A Universidade já deu um passo importante ao criar o curso de Graduação de Cibersegurança. É o segundo curso do país, que recebe agora sua segunda turma. Mas quando descobrimos o INDT, em Manaus, com toda pesquisa que já tem feito, foi tentador fazer um convite para estabelecermos uma relação de parceria entre as duas instituições. Eu espero que essa união seja promissora, no sentido de construir projetos não só na direção da formação, mas no desenvolvimento de pesquisas e estudos que aprimorem o que já temos, para oferecer para a sociedade um grande bem, que é se sentir segura”, disse o Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior.
O CEO do INDT falou a respeito da importância do tema. “A segurança cibernética e inteligência artificial são temas estratégicos. A segurança cibernética ainda mais. Vai ser imprescindível trabalhar com esse conhecimento. Gostaria de agradecer a Deus por permitir que isso fosse possível, que Ele nos ilumine para que possamos colher frutos e resultados, com várias empresas que são nossas parceiras, que estão conosco nos ajudando a crescer. Ainda vamos celebrar muito”, afirmou o CEO do INDT, Geraldo Feitoza.
“Nós como Nokia estamos disponíveis. O objetivo é criar um arcabouço para a entrega ao cidadão. Fico feliz que tudo deu certo. Demos o primeiro passo e vamos pensar no futuro para, juntos, conseguirmos apresentar conhecimento, habilidade e entrega para a sociedade”, disse e diretor de Negócios da Nokia, Rodrigo Michel de Moraes.
“A segurança não é um ato apenas, são várias camadas necessárias para que se tenha segurança. Fico muito feliz de saber que tem um time que vai trazer essa área de segurança para um patamar acima. E a cidade de Campinas está aberta, à disposição, para estudos e aplicação de alguma solução. Tudo que for novo e importante, levem para nós. Precisamos dessa tecnologia dentro da Prefeitura”, afirmou o Diretor do Departamento de Informatização de Campinas (DEINFO), Rogério Amarante.
Na sequência das palavras iniciais, foi a vez do professor Edmar Roberto Santana de Rezende, mestre em Ciência da Computação, palestrar sobre o tema “Segurança Cibernética: panorama atual”.
A Diretora de Inovação do Mescla, Diane Teo de Moraes, também falou sobre o novo laboratório e a expectativa para os trabalhos. “Sabemos que muitas empresas ainda não começaram a investir nessa área, que é estratégica. Nós colocamos os nossos técnicos para discutir junto com o time técnico do INDT. E esse trabalho já culminou em uma agenda para 2025, em uma área extremamente estratégica. E trazendo para o contexto do Mescla, nós temos conseguido fazer o que propusemos, que é conectar atores. Essa iniciativa está dentro dos nossos esforços de colocar empresa, governo, universidade, trabalhando conjuntamente em benefício da comunidade”, explicou a diretora.
Depois, a Diretora de Inovação e Transformação Digital do INDT, Luana Lobão, falou mais sobre o Instituto e o funcionamento do INDT.
A Profa. Ma. Silvia Cristina de Matos Soares, Diretora da Faculdade de Análise de Sistemas e que também atuou na criação do laboratório, falou sobre a proposta de atuação do espaço.
“A tríplice hélice (empresas, governo e academia) para nós é muito importante. A união de todos os setores é fundamental para enfrentar todos esses ataques aos quais as empresas e indivíduos estão expostos. Esse contexto atual que vivemos responde o porquê da criação desse laboratório, com o apoio das empresas e da sociedade. Nascemos com o objetivo de trabalhar na formação de alunos de Graduação, Pós-Graduação e profissionais do mercado, para fortalecer também cursos que já existem na área de tecnologia da informação e segurança cibernética. Além de trazer uma prática associada ao mercado, tão desejada pelo profissional da área”, disse a professora.
Durante a abertura, os estudantes Gustavo Godoi Gomes, Matheus Pfefer e Bruno Tibério tiveram a oportunidade de apresentar o Projeto Éden, no contexto do tema de cibersegurança.
Após as apresentações, todos puderam conferir as instalações do novo laboratório.
Sobre o laboratório de Segurança Cibernética
A PUC-Campinas, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT), apresenta um novo Laboratório de Cibersegurança (SOC – Centro de Operações de Segurança) para formar e capacitar profissionais na área de segurança digital e desenvolver soluções tecnológicas em parceria com as empresas. Essa iniciativa é uma resposta à crescente demanda por profissionais especializados em cibersegurança e aos desafios cada vez mais complexos do mundo digital.
Fortalecimento do aprendizado
Com o novo Laboratório SOC, a PUC-Campinas busca dar suporte ao aprendizado de seus alunos, proporcionando-lhes uma vivência prática em situações reais de monitoramento e defesa contra ciberataques. A parceria foi formalizada por meio de um convênio entre as duas instituições, que cria uma ampla estrutura de colaboração, incluindo atividades de ensino, pesquisa, desenvolvimento, extensão e intercâmbio de tecnologias.
O Laboratório SOC da PUC-Campinas será um centro de monitoramento digital para estudo e desenvolvimento de novas metodologias de combate a ciberataques, fortalecendo a formação de profissionais e ampliando as capacidades da instituição na área de cibersegurança. Uma das primeiras iniciativas da colaboração será a criação de uma trilha de formação em cibersegurança, composta por cursos online, sessões presenciais e uma residência acadêmica e profissional, onde os alunos poderão vivenciar o cotidiano de um SOC, tanto na PUC quanto no INDT, como em empresas parceiras.
Sobre a PUC-Campinas
Uma das sete pontifícias universidades brasileiras, a PUC-Campinas é uma das mais tradicionais instituições de ensino do país com 83 anos de atividade. Formou mais de 200 mil profissionais de destaque nas mais diversas áreas e atualmente tem cerca de 70 cursos de graduação, 10 de mestrado e cinco de doutorado. A Universidade está consolidada como uma das principais instituições de ensino superior do Brasil. Uma série de rankings nacionais e internacionais, entre os mais respeitados do mundo, como o QS World University Ranking e o Times Higher Education para a América Latina.
O Mescla é o Hub de Inovação da Universidade e comporta diversos programas de inovação e aceleração de startups, como Motiv.se e o CRIA. Além disso, possui parcerias com empresas de setores plurais. Em fevereiro deste ano foi lançado o AIoTLab, junto com empresas ligadas a temas de Inteligência Artificial e Internet das Coisas. Ele prevê a capacitação de profissionais para a criação de tecnologias nessas áreas de atuação.
Sobre o INDT
O Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT) foi fundado em 2001 pela Nokia. Em 2013, passou a atuar como Centro de PD&I da Microsoft, permanecendo até 2016, quando se tornou um instituto independente, mantendo-se como um dos maiores Centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do País. O INDT oferece soluções nas áreas de Software, Hardware & Firmware, Comunicação e Redes, Manufatura Avançada, Veículos Autônomos e Robótica, Materiais e Química e BioTech. É também Unidade Embrapii desde 2017, contribuindo com a inovação industrial, proporcionando recursos e incentivos financeiros para projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em todo o Brasil.