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Estudante de Arquitetura fica em 2º no Prêmio Saint-Gobain

A estudante de Arquitetura da PUC-Campinas Beatriz Barbutti Gonçalves foi a segunda colocada no 6º Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura − Habitat Sustentável, uma disputa nacional que premia estudantes e profissionais da área. Seu TFG (Trabalho Final de Graduação) sobre um espaço cultural na região de Parelheiros, em São Paulo, intitulado “Varanda Cultural”, foi o escolhido na categoria estudantil em anúncio feito dia 14 de março.

O projeto de um centro cultural em uma área que fica a 30 quilômetros do centro de São Paulo e sem nenhum espaço público de grande porte para apresentações artísticas foi desenvolvido por Beatriz dando preferência ao uso de materiais simples e rústicos.

“Eu tinha visto o concurso pelas redes sociais, mas não pensei em me inscrever. A Saint-Gobain é uma empresa que desenvolve produtos de alta tecnologia para a construção. Como meu projeto utiliza materiais simples, achei que não estaria de acordo com as regras. Foi meu orientador que insistiu para que me inscrevesse”, conta Beatriz.

A estudante e seu orientador, Prof. Me. Luis Alexandre Amaral Pereira Pinto, foram premiados e receberam um MacBook e um iPad pela segunda colocação, no valor total de R$ 12,5 mil. “Para mim foi uma surpresa. Interessante ver que a empresa, mesmo sem eu ter especificado os produtos deles, selecionou meu trabalho. Mostra o comprometimento dela com as questões de sustentabilidade e conforto”, afirma a estudante.

O professor Luis Alexandre diz que o prêmio, apesar de estar apenas na sua 6ª edição, já é conceituado. “Esse prêmio é importante para a estudante que está começando a carreira e também para a instituição. Ele tem um formato interessante, pois avalia tanto trabalhos de profissionais quanto de estudantes”, diz.

O Diretor da Faculdade de Arquitetura, Prof. Me. Fábio de Almeida Muzetti, também destaca a importância do prêmio. “Nossos alunos já ganharam diversos prêmios, mas esse da Saint-Gobain, que é relativamente novo, é a primeira vez. No meio da arquitetura, ele é muito respeitado, pois os jurados são profissionais reconhecidos”, afirma.

O projeto de Beatriz, orientado pelo professor Luis, se destacou pela preocupação ambiental, aproveitando a topografia sem fazer grandes alterações no terreno, utilizando a luz e ventilação naturais, além de usar um tipo de tijolo ecológico que não é colocado em forno, evitando o uso de lenha e sem lançar gases durante sua produção.

Esse material ecológico foi desenvolvido em um Curso de Extensão da PUC-Campinas, também conduzido pelo professor Luis Alexandre, e é voltado para habitações populares. Um convênio da Universidade com a Secretaria de Habitação de Limeira está possibilitando a doação desse tipo de tijolo para famílias de baixa renda no município.



Marcelo Andriotti
20 de março de 2019