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Alunos de Artes Visuais buscam espaços alternativos para espalhar arte 

Projeto Arte no Campus também quer trabalhar em áreas externas da Universidade 

Alunos e ex-alunos do Curso de Artes Visuais da PUC-Campinas estão desenvolvendo trabalhos em áreas públicas, espaços comerciais e outros locais de fácil acesso a pessoas, facilitando o contato com diferentes técnicas e estilos artísticos principalmente para um público que não tem costume de frequentar museus e galerias de arte. Também há um projeto desenvolvido por eles que pretende espalhar intervenções artísticas nos campi da Universidade, embora tenha sido temporariamente interrompido por conta da pandemia.

Segundo a diretora do Curso, Tatiana Dantas de Oliveira, o projeto Arte no Campus tem como propósito trabalhar espaços da Universidade com diferentes tipos de pintura.  “Antes da pandemia, começamos a executar o projeto dentro do Campus I com a aluna Cecília, que fez um painel para o bloco H07, e o aluno Gabriel, que iniciou o projeto de paisagens do Brasil e as relações com o índio”, explicou. A ideia, quando o projeto for retomado, é também usar espaços do Campus II.

O ex-aluno Victor Marques é um dos que tem investido nos mais diferentes espaços para criar suas artes. Além de murais e grafites, participou dos eventos Elephant Parade Brasil e Jaguar Parade, nos quais esculturas dos animais são pintadas por diferentes artistas, e de um projeto de pintura de carrinhos de catadores de reciclagem, além de levar sua arte para o campo das tatuagens.

“Aprendi muita coisa na PUC, no convívio tanto com os professores quanto com os colegas de classe. Estou buscando me encontrar como artista em diversas plataformas”, diz. Ele chegou a fazer obras no Museu do Imigrante de Vinhedo, em escolas e em exposições itinerantes.

Jaqueline Almeida, aluna do último semestre do Bacharelado em Artes Visuais, também investiu na tatuagem como forma de expressão artística. “Se for pra falar sobre arte em espaços alternativos, acredito que a arte na pele seria um bom lugar pra começar, não é?”, disse.

Ela também foi ilustradora em um site de artes e, recentemente, fez uma pintura de um mural dentro de uma loja em Indaiatuba. Toda a obra foi feita com tinta acrílica, spray e caneta posca. “Na verdade, foi meu primeiro projeto deste tipo, mas as pessoas estão começando a se interessar e já tenho mais três projetos pela frente, um mural na fachada da mesma loja, outro projeto comercial e um na residência de uma das clientes”, conta.

“No curso incentivamos, em todas as disciplinas, o desenvolvimento da identidade do artista, ou seja, encontrar um estilo próprio estruturado sobre diferentes técnicas que, atualmente, caminham junto às novas tendências da arte, dialogando com as práticas tecnológicas, mas sem excluir a importância do conhecimento sobre a arte tradicional”, diz a diretora.



Marcelo Andriotti
10 de setembro de 2020