Balança Comercial da RMC mostra queda expressiva nas importações em 2023

Estudos do Observatório avaliaram dados relativos ao mês de outubro

O Observatório PUC-Campinas divulgou os estudos da Balança Comercial da Região Metropolitana de Campinas referentes ao mês de outubro. Apesar dos problemas causados pela dependência das importações de insumos externos, as exportações mostram melhora na atividade do setor externo da RMC em relação ao mesmo período do ano anterior.

O estudo é coordenado pelo Prof. Dr. Paulo Ricardo da Silva Oliveira com assistência técnica de João Lucas Alves da Silva. O informativo apresenta e discute os principais dados da balança comercial da RMC para o mês de outubro da base do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

As análises mais recentes apontam para um ano de queda expressiva nas importações (var. -20,49%) e leve queda das exportações (var. -1,86%). Em relação às últimas previsões, nota-se que os dados de exportação do mês de outubro indicaram uma melhora na taxa de variação das exportações (previsão anterior era de queda de -3,86%); já as previsões das exportações mantiveram-se com os dados deste mês (previsão anterior era de queda de -20,65%).

“A redução das importações pode estar relacionada à queda no valor importado tanto de bens acabados como bens intermediários. Reduções expressivas na importação de bens intermediários indicam, em geral, queda do ritmo da produção industrial”, avalia o Prof. Paulo.

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No mês, foi registrado aumento de 1,6% nas exportações e diminuição de -25,8% nas importações da RMC, resultando em queda de -35,98% no déficit comercial regional. As participações nas importações e exportações do estado de São Paulo (SP) foram de 20,19% e 6,8%, respectivamente, a menor dos últimos 10 anos e a menor desde 2018.

Em 12 meses, houve diminuição de -1,6% nas exportações e diminuição de -16,26% nas importações da RMC, resultando em queda de -22,75% no déficit comercial regional.

Houve aumento relativo das exportações para a metade de todos os principais destinos, com destaque para Estados Unidos e Países Baixos, e queda relativa das exportações para a China. Houve queda relativa das importações de praticamente todas as principais origens, com destaque para China, Coreia do Sul e Japão.