Pare alguns minutinhos do seu corrido dia para ler essa reportagem até o final. Esqueça por alguns instantes todos os e-mails que você precisa responder, as ligações que precisam ser feitas, aquela prova da faculdade, as contas para pagar, as tarefas domésticas, as peripécias dos filhos, as obrigações no trabalho e até mesmo aquela esperada viagem de final de ano. Acredite: desacelerar pode fazer muito bem a você.
A recomendação é dos especialistas da área da saúde. E não por acaso, eles batem, constantemente, nessa mesma tecla. Apesar das inúmeras informações sobre o estresse e todos os males que ele pode causar – inclusive a morte – o índice de pessoas vítimas desse problema é alto. Em Campinas, a situação é ainda mais assustadora.
De acordo com a coordenadora do Laboratório de Estudos Psicofisiológicos do Stress da PUC-Campinas, Marilda Novaes Lipp, das 302 pessoas que passaram por uma avaliação computadorizada no “Dia do Combate ao Stress”, realizado no dia 23 de setembro, na Lagoa do Taquaral, 80% apresentavam algum sintoma de estresse. “É um número absurdamente alto”, disse Marilda. E mais: dentro desse universo, 40% estavam nas duas fases mais avançadas do estresse. Campinas foi a primeira cidade no mundo a instituir o Dia de Combate ao Estresse.
Segundo a especialista, pesquisas na cidade de São Paulo indicam uma média de 35% das pessoas com algum sintoma de estresse e, desse grupo, 7% nas fases mais avançadas. “Mesmo que, no caso de Campinas, a divulgação do evento tenha atraído para o teste pessoas que já desconfiavam que tivessem o problema, os números são preocupantes”, declarou.
O estresse pode gerar morte precoce, elevação da pressão arterial, problemas estomacais, problemas cardíacos, problemas dermatológicos, ansiedade, depressão, insegurança, sensação de “estar doente” e problemas interpessoais.
As faculdades de Medicina, Psicologia, Nutrição, Educação Física, Odontologia, Fisioterapia e Enfermagem da PUC-Campinas participaram das atividades dando orientações sobre exercícios e dicas de atividades físicas, orientações sobre os aspectos psicológicos do estresse, dicas para tratamento, para prevenção, alimentação, além de aferição da pressão arterial. “Nosso objetivo foi conscientizar o público quanto ao que é o estresse, seus sintomas e conseqüências para a saúde e qualidade de vida do ser humano”, disse Marilda.
A 9ª edição do Saúde na Praça, que ocorreu nos dias 3 e 4 deste mês, no Largo do Rosário, também apresentou dados relevantes em relação ao estresse. Segundo a professora da Faculdade de Psicologia e coordenadora do evento, Karina Magalhães Brasio, das 860 pessoas que procuraram informações sobre o assunto, 68% apresentaram sintomas do problema. E a maioria, já na última fase. “A maior parte das pessoas sabe que não está bem”, disse. Ao todo, cerca de 5 mil pessoas passaram pelo Saúde na Praça
Dicas para se proteger do estresse excessivo
Alimentação: É importante repor as energias, vitaminas e nutrientes consumidos nos momentos de maior estresse. Coma bastante verduras, de preferência cruas ou só feitas no vapor, tais como: brócolis, chicória, acelga, alface e outras verduras ricas em vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio e manganês.
Relaxamento: Ouvir música, assistir filmes e um bom bate-papo ou leitura também nos fazem relaxar. O relaxamento ajuda a eliminar o excesso de adrenalina produzida e restabelece a homeostase interna do organismo.
Exercício físico: Quando se está atravessando momentos difíceis, o exercício físico nos ajuda a atingir uma sensação de bem-estar e calma.
Estabilidade emocional: É importante manter uma atitude positiva perante a vida, procurando sempre ver o lado bom das coisas. Controlar a pressa e a corrida contra o relógio também é importante.
Qualidade de vida: Para se considerar que uma pessoa tenha uma boa qualidade de vida, torna-se necessário que ela tenha sucesso nas áreas social, afetiva, profissional e a que se refere à s