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Estudante da Engenharia Elétrica é selecionado em concurso da NASA

Universitário irá participar de etapa global do concurso, que terá sua final no início de 2020

O estudante Igor Tenório, do Curso de Engenharia Elétrica da PUC-Campinas, é um dos finalistas do concurso International Space Apps Challenger, promovido pela NASA (Agência Espacial Norte-Americana), destinado a estudantes universitários e de escolas técnicas de todo o mundo. O objetivo é buscar soluções para problemas de tecnologia e educação sugeridos pela NASA utilizando dados fornecidos por tecnologias e missões espaciais da agência.

O evento é realizado anualmente desde 2012 e funciona como uma incubadora, com os melhores projetos recebendo incentivos para serem implementados e futuramente serem utilizados nos trabalhos da agência.

Tenório faz parte de um grupo que participou de uma etapa realizada na Região Metropolitana de Campinas (RMC), que teve como sede Indaiatuba. Além da RMC, houve no Brasil sedes regionais em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.

Os dois primeiros grupos de cada sede foram classificados para a etapa global que será realizada provavelmente em janeiro, em data ainda a ser marcada. As apresentações na final serão via internet e avaliadas por integrantes da agência nos Estados Unidos.

Tenório diz que ficou sabendo por familiares sobre o concurso após uma reportagem divulgada na televisão. Ele se inscreveu e foi um dos selecionados entre 1,1 mil candidatos que concorreram na etapa de Indaiatuba. Foram 60 selecionados, que tiveram três dias no final de outubro para formarem seus grupos e desenvolverem o pré-projeto.

“A gente não se conhecia, só tinha trocado algumas mensagens com alguns dos participantes do concurso por meio de grupos criados em redes sociais”, disse. Lá eles formaram suas equipes pela afinidade de áreas de estudo ou de interesse. Havia estudantes de todas as áreas, principalmente de tecnologia, mas também de comunicação, marketing e outras áreas.

Foram propostos temas como oceanos, exploração espacial, marketing e educação, entre outros. O projeto de Igor e seus colegas tinha como principal matéria-prima as imagens do Universo enviadas por um telescópio da NASA e ficou em segundo lugar.

“Fizemos um aplicativo que pega as imagens desse observatório em tempo real e permite que alunos em sala de aula, usando celulares, possam acompanhar esses dados e desenvolver estudos em sala de aula ou laboratórios de pesquisa. É uma forma de deixar o ensino da ciência mais atrativo para essa nova geração”, disse. O aplicativo foi nomeado como Digital Stars.

O objetivo é, com esse aplicativo, estimular estudantes de ensino médio a participar da ciência e formar novas gerações de pesquisadores. A ideia agora é continuar desenvolvendo essa ferramenta para uso mais amplo em sala de aula, inclusive com ideia de produzir games que possam utilizar essas informações e imagens do espaço.



Marcelo Andriotti
6 de dezembro de 2019