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Estudantes de Design de Moda conhecem cadeia produtiva do algodão

Grupo esteve nos municípios de Paranapanema e Itaí, onde conheceu área de 50 hectares de algodoeiro

Os estudantes de Design de Moda, da PUC-Campinas, participaram de uma experiência imersiva na cadeia produtiva de algodão. Eles puderam conhecer uma área de 50 hectares de algodoeiro, nas cidades de Paranapanema e Itaí, em São Paulo.

“Em todas as disciplinas nas quais trabalhamos desenvolvimento de produtos, nós falamos desse universo têxtil. Mas temos uma disciplina, em especial, que se chama Materiais Têxteis, que discute bastante esses processos e a origem das fibras. Até de uma forma crítica, pensando na sustentabilidade. E aqui estamos, tendo a oportunidade de ver como isso funciona”, disse a coordenadora do curso de Design de Moda, Roseana Sathler Portes Pereira.

O convite surgiu da parceria entre a PUC-Campinas e a Associação Sou de Algodão, movimento vinculado à Abrapa (Associação Brasileira de Produtores de Algodão). No local, alunos e alunas puderam entender todo o processo, desde cultivo ao beneficiamento.

“Desde que iniciamos o Sou de Algodão nós temos um pilar no nosso planejamento estratégico que é o informacional. E as universidades sempre foram foco desse pilar. Sempre tivemos o intuito de trabalhar com esse público, que é mais jovem, que pensa moda, que pensa design. E nós sempre acreditamos que quanto mais nós levássemos a informação de qualidade para esse público, maior a possibilidade desse público fazer melhores escolhas em relação às fibras que vai utilizar. Essa proximidade é importante não só para a troca de informações e de conhecimento, mas para proporcionar experiências diferentes para esses estudantes”, afirmou Silmara Ferraresi, gestora do Sou de Algodão.

A experiência durou todo o dia. Pela manhã, eles puderam ver de perto a colheita e o sistema mais moderno do Brasil no ramo, que utiliza uma máquina que já faz, de imediato, o chamado “rolo” de algodão. Durante as etapas, os estudantes receberam explicações sobre o clima brasileiro para o plantio, os custos de produção e as diferenças em relação ao algodão produzido fora do país. O Brasil é o segundo maior exportador do produto no Mundo.

“Nós normalmente vemos muito pela TV. Conhecemos muitas plantações de milho, de cana, mas de algodão eu nunca tinha estado perto e isso me marcou bastante. Achei lindo! Muito interessante”, disse Letícia Fialho Trombetta, estudante de Design de Moda.

Toda essa experiência aconteceu na plantação. Depois, no período da tarde, eles trocaram a roupa de passeio pelos equipamentos de segurança para conhecer o processo de beneficiamento: a chegada do rolo, a separação do caroço e da pluma e o aproveitamento dos resíduos. “O que mais me chamou a atenção foi essa parte industrial mesmo. Na máquina que cai o algodão e ele manda para outra máquina, para separar a semente e seguir o processo. Eu achei genial, me chamou muita atenção”, comentou Thiago Ferreira, aluno do curso.

“É importante eles virem aqui para ver como funciona e saber de onde vem o algodão. Mesmo para o produtor, é importante ouvir os estudantes da moda, o mundo da moda, para saber o que eles querem para o futuro, qual a maneira que eles querem que nós forneçamos o algodão, o que temos que melhorar, para atender a demanda das tecelagens”, cita Thomas Derks, presidente da Associação Paulista de Produtores de Algodão.

Confira aqui a matéria em vídeo:

 

 



Carlos Giacomeli
14 de maio de 2024