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Estudantes de Engenharia Elétrica da PUC-Campinas encerram residência tecnológica com apresentação de projetos

Parceria com o Instituto de Pesquisas Eldorado buscou conectar os graduandos com empresas da região

Oito estudantes (divididos em dois grupos) da Faculdade de Engenharia Elétrica da PUC-Campinas participaram, no último dia 17 de junho, no Instituto de Pesquisas Eldorado, de uma cerimônia para celebrar o encerramento de uma residência tecnológica, ocorrida na própria entidade e que teve o propósito de conectar os graduandos com empresas de toda a região.

Estudantes de Engenharia Elétrica da PUC-Campinas apresentam trabalho desenvolvido em residência tecnológica ocorrida nas dependências do Instituto de Pesquisas Eldorado.

Essa colaboração estratégica objetivou integrar teoria e prática, fazendo com que os alunos e alunas desenvolvessem habilidades cruciais para o mercado de trabalho, perpassou todo o primeiro semestre de 2024 e contou com a aplicação de dois desafios a eles, cujos resultados foram apresentados durante a celebração de conclusão do programa.

Participaram da cerimônia: o decano da Escola Politécnica da Universidade, Prof. Me. Sérgio Roberto Pereira (um dos mentores da residência tecnológica); o diretor da Faculdade de Engenharia Elétrica, Prof. Me. Ralph Robert Heinrich; o coordenador da residência tecnológica, Prof. Me. Lorenzo Campos Coiado; e o coordenador dos projetos dentro do Instituto Eldorado, Me. Gustavo Iervolino, além de assessores da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) da PUC-Campinas.

A realização dos trabalhos, para os quais os graduandos dispuseram de todos os recursos laboratoriais necessários, destinou-se a fazer com que estes desenvolvessem habilidades de gestão e empreendedorismo aplicadas à indústria e visou promover a integração entre teoria e prática por meio da vivência em ambientes industriais; estimular a capacidade de análise e resolução de problemas reais do mercado; elaborar e implementar planos de negócios; aplicar técnicas de gestão de projetos; e desenvolver habilidades de comunicação e trabalho em equipe.

De acordo com o coordenador da residência tecnológica, Prof. Me. Lorenzo Campos Coiado, a tarefa permitiu que os alunos experimentassem, na prática, o que é trabalhar em uma empresa, com metas, cronogramas e apresentação de resultados, “consolidando, desse modo, uma formação acadêmica de excelência e preparando-os para os desafios do mercado profissional”.

O decano da Escola Politécnica da PUC-Campinas, Prof. Me. Sérgio Roberto Pereira, discursa durante o evento de apresentação dos projetos desenvolvidos pelos estudantes de Engenharia Elétrica.

Ele comenta ainda que a colaboração entre a PUC-Campinas e o Instituto Eldorado é “um exemplo de como a integração entre academia e indústria pode criar um ambiente de aprendizado enriquecedor e produtivo para os futuros engenheiros. Eu agradeço ao Instituto de Pesquisas Eldorado pela parceria e pelo suporte essencial para o sucesso dessa iniciativa”.

Sobre os projetos
O primeiro projeto, realizado pelo grupo composto pelos alunos Caio Trevisani Ganselli, Gabriel Signoretti Marcon, Maria Beatriz Barbosa da Silva, Vinicius Lopes Dias e Yago Tiburtino da Silva, teve como desafio criar um comb generator (gerador de pente), um dispositivo que gera sinais periódicos e em frequências múltiplas para validar o setup antes de realizar testes de Emissão Radiada.

Segundo o grupo, os maiores desafios foram aprender e também relembrar diversos novos conceitos que foram estudados durante o curso para conseguir progredir com o projeto; trabalhar em uma atividade tão complexa por um período relativamente curto, de apenas quatro meses; e lidar com eletrônica, prototipagem, solda, circuitos integrados, placas de circuito e possíveis incompatibilidades eletromagnéticas.

O segundo projeto, realizado pelos graduandos Gabriel Mattano da Silva, Matheus Oliveira Rodrigues e Thiago Lucena, visou à construção de um dispositivo para a verificação de surtos elétricos (descargas atmosféricas), que nada mais são que uma elevação momentânea e abrupta na voltagem da corrente elétrica em um sistema elétrico. O teste é realizado para verificar a imunidade eletromagnética de produtos eletroeletrônicos quando submetidos a esses surtos nas portas de energia elétrica AC (corrente alternada).

A ideia foi desenvolver um aparelho capaz de detectar o surto de modo a verificar o equipamento do setup de teste, aplicando-o nas faixas de tensão determinadas pela norma vigente.

O coordenador dos projetos dentro do Instituto Eldorado, Me. Gustavo Iervolino, discursa durante o evento de apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos estudantes de Engenharia Elétrica.

De acordo com o grupo, apesar do resultado satisfatório, alguns desafios foram encontrados, como a alteração do amplificador operacional usado inicialmente por um de maior disponibilidade no mercado; a utilização de resistores de pull-down no circuito de memória; a soldagem de componentes em uma placa de circuito para evitar mau contato durante os testes; e a implantação de regiões de comparação de tensão ajustáveis pelo usuário, conforme os níveis de tensão definidos na norma vigente e segundo o teste desejado. Essas regiões de tensão foram configuradas em um Arduino, que agora as exibe em um display LCD para a interface do usuário.

O que é a residência tecnológica?
A residência tecnológica é um modelo de trabalho inspirado no programa de residência médica, em que os alunos têm a oportunidade de uma formação teórica na Universidade e desempenham as atividades práticas em uma empresa, instituto ou outro lugar compatível. No caso em questão, a ideia foi fazer com que os estudantes realizassem atividades práticas na área de Engenharia Elétrica, se conectassem com empresas da região e desenvolvessem macro e microcompetências essenciais para o sucesso profissional.

Sobre o Instituto de Pesquisas Eldorado
O Instituto de Pesquisas Eldorado atua nas áreas de software, hardware, microeletrônica, ensaios e testes, educação e consultoria, criando e executando projetos e soluções com foco em tecnologia e inovação.

Fundado em 1999, atualmente conta com mais de mil funcionários operando em quatro unidades distribuídas pelo Brasil, localizadas em Brasília, Campinas, Manaus e Porto Alegre. Além de trabalhar com o intuito de transformar digitalmente as empresas, o Instituto tem o propósito de desenvolver o ecossistema tecnológico do país ao focar em projetos de inovação aberta (modelo de gestão empresarial que promove um desenvolvimento disruptivo na empresa, por meio da descentralização de sua mentalidade inovadora, buscando a inovação a partir da criação de parcerias externas com outras pessoas e organizações).

Por fim, a entidade visa criar soluções para mercados como TI/telecom, energia, agronegócio, óleo e gás, saúde, automotivo, entre outros, e apresentar casos de sucesso em tecnologias emergentes, como inteligência artificial, visão computacional, computação gráfica, realidade virtual e aumentada, assistentes virtuais e interface por voz, big data e análise de dados, sistemas embarcados, internet das coisas e blockchain.



Daniel Bertagnoli
1 de julho de 2024