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Panorama socioeconômico da RMC é debatido no II Fórum Observatório PUC-Campinas

Professores extensionistas apresentaram resultados dos trabalhos desenvolvidos

Os indicadores socioeconômicos da Região Metropolitana de Campinas (RMC), responsáveis por retratar a realidade de 20 cidades em quatro grandes eixos – Desenvolvimento Social, Educação e Saúde; Trabalho, Produção e Comércio; Inovação e Sustentabilidade; e Trabalho, Emprego e Renda –, foram debatidos nesta segunda-feira (2), no Auditório Cardeal Agnelo Rossi, no Campus I, durante o II Fórum Observatório PUC-Campinas.

Organizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEXT), o encontro contou com a presença de representantes dos setores público e privado, lideranças comunitárias, ONGs e membros da sociedade civil, que puderam acompanhar os resultados dos trabalhos realizados pelo Observatório ao longo deste ano. As discussões tiveram como tema central “a Universidade na era dos dados como linguagem universal”.

Responsáveis pelos levantamentos – gerados da leitura e sistematização de microdados cedidos por organizações referências na coleta de dados estatísticos no Brasil, como IBGE, AGEMCAMP, INEP etc. –, os professores extensionistas da PUC-Campinas apresentaram um panorama geral da economia regional e expuseram a necessidade de políticas públicas para sanar os problemas.

O Prof. Dr. Izaías de Carvalho Borges, que coordena os estudos relacionados à Sustentabilidade, Inovação, Saúde e Educação, citou os indicadores que mapeiam a RMC em temos populacionais, econômicos e produtivos. Destacam-se, nestes quesitos, o crescimento da população em quase 70% entre 1992 e 2018; o aumento da população idosa – que traz grandes desafios para a gestão pública –; o poderio econômico dos cidadãos, cuja renda média é superior à média brasileira; o alto número de empresas localizadas na região; a expansão acelerada na quantidade de veículos individuais, que indica a escassez de um transporte público de qualidade etc.

Atenta à situação do mercado de trabalho na região, a Profa. Dra. Eliane Rosandiski enalteceu a participação dos estudantes da Faculdade de Ciências Econômicas no levantamento e análise de dados referentes à temática, que puderam ilustrar, ao longo dos meses, o cenário do emprego para as mulheres; a perda do dinamismo das atividades industriais – refletindo diretamente no salário da população –; a expansão do Setor de Serviços na geração de empregos, entre outros.

Também compuseram a mesa-redonda os professores Paulo Oliveira, Cristiano Monteiro e Celso Pedroso, que responderam questões relacionadas aos seus respectivos objetos de estudo, além do Dr. Eduardo Sancho, diretor da Fundação Urbe9, entidade sem fins lucrativos que transforma dados em linguagem universal, tendo como finalidade apresentar soluções de impacto social e promover investimento relevante para transformação e aprimoramento das cidades.

Ele falou sobre a importância do acordo de colaboração firmado com a PUC-Campinas. “A gente trabalha com inteligência de dados. Com a posse dos indicativos gerados pelo Observatório, nós fazemos a conexão e a inter-relação entre diferentes nuances dentro de cada tema. Por exemplo como a mobilidade urbana impacta a saúde de quem vive em Campinas? Como os aspectos do trabalho e renda determinam a moradia e a segurança pública no entorno? As duas atividades são complementares: uma na investigação dos porquês e outra fazendo uma conexão de tudo isso para que a gente possa alavancar políticas públicas mais eficientes”, destacou.

O Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEXT), Prof. Dr. Rogério Bazi, enfatizou a necessidade de manter o diálogo entre a academia, entes públicos, terceiro setor e empresas, de modo a dar efetividade aos trabalhos do Observatório. “A gente tem um caminho importante a ser trilhado e, enquanto Universidade, tem o papel de divulgar o conhecimento produzido. Os dados são sempre colocados à disposição dos agentes públicos na tentativa de sensibilizá-los na promoção de ações em benefício da sociedade”, finalizou.

Observatório PUC-Campinas

O Observatório PUC-Campinas, lançado no dia 12 de junho de 2018, nasceu com o propósito de atender às três atividades-fim da Universidade: a pesquisa, por meio da coleta e sistematização de dados socioeconômicos da Região Metropolitana de Campinas; o ensino, impactado pelos resultados obtidos, que são transformados em conteúdo disciplinar; e a extensão, que divide o conhecimento com a comunidade.

A plataforma, de modo simplificado, se destina à divulgação de estudos temáticos regionais e promove a discussão sobre o desenvolvimento econômico e social da RMC.  As informações, que englobam indicadores sobre renda, trabalho, emprego, setores econômicos, educação, sustentabilidade e saúde, são de interesse da comunidade acadêmica, de gestores públicos e de todos os cidadãos.



Vinícius Purgato
2 de dezembro de 2019