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Professora da PUC-Campinas dá oficinas para crianças sobre jornalismo e cultura na região do Cariri, no Ceará

Atividade trabalhou a participação dos mais jovens nas notícias, fazendo-os protagonistas de gravação para rádio

A Profa. Dra. Juliana Doretto, da Faculdade de Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC-Campinas, ministrou oficinas sobre mídia e jornalismo para crianças participantes de manifestações culturais tradicionais na região do Cariri, no Ceará, neste mês de março. As atividades fizeram parte do ciclo formativo “O que diz a criança brincante”, do Centro Cultural do Cariri, que visa promover, por meio da Educomunicação, o protagonismo das crianças em relação às questões culturais do Estado e o papel delas em preservar e disseminar essas tradições.

“A ideia das oficinas foi conversar com elas sobre a representação midiática das crianças ou a ausência delas – que é o que mais acontece. Abordamos o fato de elas falarem pouco, sobretudo nas notícias, no jornalismo, que é o meu foco de trabalho”, reforçou a professora. Por meio da conversa, as crianças debateram essa falta de protagonismo e, a partir disso, tiveram a oportunidade de criar suas próprias representações e falar sobre a experiência de viver no Cariri e participar daquela manifestação cultural. Com um gravador profissional, elas puderam entrevistar as outras crianças e adolescentes que fazem parte daquele grupo cultural, e tiveram a orientação de que o material seria usado para criar um programa de rádio.

Remover termo: Pós-Graduação em Educação Pós-Grad

Após as três oficinas, todas as crianças foram até a rádio Unaé, no Centro Cultural do Cariri, ouvir os trechos gravados por eles, previamente editados pelos técnicos e jornalistas, além de se apresentarem em público. Elas tiveram a oportunidade de se ouvir, conhecer outras crianças e descobrir a força que há no produto que fizeram. O conteúdo será no site do centro cultural.

“Elas conduziram conversas, escolheram os temas a serem tratados, fizeram comentários e ficaram emocionadas. Elas perceberam que, ao ouvir o que elas disseram, outras crianças podem entender um pouco mais da história delas, podem valorizar as tradições culturais que elas seguem e guardam, como o reisado e a lapinha, já que elas têm consciência de que são guardiões de todo aquele conhecimento”, explica a professora. “Elas disseram, claramente, que precisam cultivar, dar continuidade à tradição, para que a repetição nunca se perca”, completou.



Carlos Giacomeli
22 de março de 2024