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Professoras do PPG em Sistemas de Infraestrutura Urbana participam de evento da construção civil

Encontro ocorrido em Santos discutiu as principais tendências, inovações e desafios do setor

A Profa. Dra. Claudia Cotrim Pezzuto e a Profa. Dra. Nadia Cazarim da Silva Forti, ambas integrantes do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Sistemas de Infraestrutura Urbana da PUC-Campinas, participaram, no último dia 26 de agosto, da 11ª edição do Summit da Construção Civil, evento promovido pelo Grupo Tribuna de Comunicação, com o apoio da Associação dos Empresários da Construção Civil (Assecob) e realizado no auditório do Grupo Tribuna, em Santos, no litoral paulista.

Ao longo do dia, vários especialistas e líderes do setor discutiram as principais tendências, inovações e desafios da construção civil no Brasil. As professoras participaram do painel “Planejando Cidades Resilientes”, onde, em meio à ideia de sustentabilidade, elas trataram da importância da tomada de decisões nas obras de intervenções urbanas.

A Profa. Dra. Claudia Cotrim Pezzuto participou, ao lado da Profa. Dra. Nadia Cazarim da Silva Forti, do painel “Planejando Cidades Resilientes”, onde, em meio à ideia de sustentabilidade, elas trataram da importância da tomada de decisões nas obras de intervenções urbanas.

“Para que possamos construir cidades resilientes, é preciso pensar no arranjo das edificações, em sua altura, recuo, permeabilidade, na utilização de materiais frios para ajudar na absorção e aumentar a reflexão solar e no incremento de vegetação urbana para a melhoria da qualidade de vida”, explicou a professora Claudia em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo na Baixada Santista, empresa que é parte do grupo que organizou o Summit.

Ela lembrou ainda da importância de se escolher cores diferentes para as telhas, a fim de ajudar no controle da temperatura interna dos imóveis.

A professora Nadia, à mesma emissora, esclareceu que os laboratórios das universidades ajudam muito nos testes de qualidade dos materiais e ter essas informações é fundamental para se realizar construções de forma sustentável e duradoura.

Ela explicou que quando pensa em uma ponte, “que, na verdade, é uma obra de arte no meio da cidade, eu posso avaliar como uma mudança de material pode contribuir para a durabilidade dela. Assim, não seriam necessárias tantas manutenções ao longo de sua vida útil”.

Durante o evento, a Profa. Dra. Nadia Cazarim da Silva Forti tratou da grande importância que os laboratórios das universidades possuem nos testes de qualidade dos materiais de construção e como essas informações são fundamentais para se realizar obras de forma sustentável e duradoura.

Participação em eventos
Para a coordenadora do PPG em Sistemas de Infraestrutura Urbana, a Profa. Dra. Lia Lorena Pimentel, a participação de docentes do Programa em eventos como o Summit da Construção Civil é uma oportunidade para mostrar à sociedade as pesquisas que vêm sendo produzidas na PUC-Campinas e a sua aplicabilidade.

“As temáticas apresentadas pelas professoras Claudia Pezzuto e Nadia Forti, cuja aplicação pode auxiliar às prefeituras em tomadas de decisão para tornar as cidades mais resilientes, referem-se a pesquisas desenvolvidas no Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Infraestrutura Urbana de nossa Universidade. Dado isso, como o evento contou com um público de engenheiros, construtores, representantes de prefeituras e empresários do setor imobiliário do Estado de São Paulo, isso, sem dúvida nenhuma, traz visibilidade para o Programa e para a PUC-Campinas como um todo”, ressalta a coordenadora.

O que são cidades resilientes?
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), fórum constituído por 38 países considerados economicamente desenvolvidos, define resiliência urbana como a capacidade de um sistema urbano de absorver, recuperar e se preparar para choques futuros.

Cidades resilientes são aquelas que possuem a habilidade de se adaptarem ou transformarem rapidamente as suas funções diante de um distúrbio que limite as suas possibilidades.

Elas podem fazer isso criando uma estrutura organizacional e um plano de ação para prepará-las para eventos adversos e isso só pode ser realizado se houver a compreensão da necessidade de identificar os cenários de risco atuais e futuros com o intuito de se desenvolver estratégias para mitigá-los, sempre protegendo os seus recursos naturais.

A professora Claudia comenta ainda que envolver a população e a sociedade civil no planejamento e implementação de ações de resiliência e aumentar a resistência da infraestrutura urbana é essencial.

A professora Nadia completa dizendo que é necessário garantir uma resposta eficaz a desastres, com a elaboração de um plano de ação e disponibilização de recursos suficientes para responder a eles rapidamente. “É preciso acelerar a recuperação e reconstruir melhor as cidades após a ocorrência de um desastre. É fundamental que a administração pública invista em medidas para reconstruí-las de forma mais resiliente”, finaliza.

Fotos: Vanessa Rodrigues/A Tribuna de Santos



Daniel Bertagnoli
25 de outubro de 2024