
Professores e estudantes extensionistas da PUC-Campinas realizam ações no Campo Belo
Atividades aconteceram no último sábado. Região tem recebido ações frequentes da Universidade
No último sábado (12), os professores Dr. Pe. José Antonio Boareto, Ma. Cecília Toledo e Me. Bruno Truzzi, auxiliados por alunos extensionistas, participaram de ações no bairro Campo Belo, em Campinas. A maestrina Fátima Viegas também esteve no local e realizou ensaio do coral com a comunidade. No território foram realizadas atividade de Escuta Ativa, ligada ao Observatório PUC-Campinas, canto e também uma pesquisa de território, para a produção de um documentário.
A atividade de Escuta Ativa foi realizada na Comunidade Santa Rita de Cássia, no Campo Belo, em projeto de extensão do Observatório PUC-Campinas, coordenada pelo padre Boareto, com participação dos estudantes: Ana Cláudia Ferretti Capovilla, Ana Júlia Guedes de Moraes, Bruna Ramos Custódio, Felipe de Macedo Assayag, Marcelo Eduardo Chaddad Gasparoto e Pamela Rodrigues Pinto. A iniciativa faz parte do processo de produção de análises e diagnósticos do desenvolvimento humano integral para as juventudes, que vem sendo realizado pelo Observatório. A ação foi direcionada a jovens do bairro. No local, a equipe também já alinhou novos momentos, onde participarão os jovens atendidos pelo projeto ARPEC (Agremiação Real Primavera de Esportes Coletivos), coordenado por Cícero Feitosa, que também é líder comunitário. Quem esteve presente também nas atividades foi Silene Cardoso dos Santos Souza, uma das lideranças da comunidade.
“Trabalhamos a perspectiva de que ouvir é diferente de escutar. Segundo Duarte (2018), ‘ouvir é um processo mecânico referente à audição, envolvendo a captação de ondas sonoras emitidas pela fala humana. Ao ouvir, a pessoa recebe o que lhe é dito, podendo ou não interpretar a mensagem’. Escutar pede relação de empatia, pede que eu olhe para a pessoa. A escuta ativa tem como objetivo possibilitar respostas diante daquilo que a pessoa está apresentando. Ela é uma escuta atenta, que tem como foco apresentar soluções. A maior dificuldade que temos hoje para obter bons resultados é falta de comunicação. E o grande problema da comunicação é a falta da escuta ativa, uma escuta interessada naquele que está falando”, explica o padre Boareto.
Em outra ação, a maestrina Fátima Viegas realizou um ensaio de canto com moradores do bairro, com o objetivo de preparar o grupo para uma apresentação, que ocorrerá durante a 2ª Mostra de Talentos Humanos, no dia 7 de junho, organizada pelo Programa de Desenvolvimento Humano Integral – “Levanta-te e anda” (PDHI-LA). Os preparativos do grupo ocorrem às terças e sábados.
“Esse encontro e a convivência com o canto proporciona empoderamento, autoconhecimento e eleva a autoestima. O sentimento de que são capazes é único. A música, mais apropriadamente o canto, permite essa conexão com o que há de mais humano em nós. Esse resgate feito por esse trabalho é muito importante para essa comunidade pouco visível, que tem peculiaridades e características próprias. Os integrantes notam com poucos encontros melhoras na respiração, dicção e voz falada e cantada”, comenta a maestrina.
A professora Cecília Toledo e a bolsista Lizandra Kelly de Lima percorreram as ruas próximas ao Instituto Padre Haroldo – que reúne os docentes para desenvolverem as ações junto à comunidade – para reconhecer o território onde será gravado o documentário “Mulheres (em saída)”, um projeto interdisciplinar de extensão que está sendo planejado pela docente com a Profa. Dra. Vera Plácido, Gerente de Extensão, alunos bolsistas e voluntários.
Segundo a professora, a proposta no PDHI-LA com este documentário é dar luz voz as mulheres do Campo Belo. “Queremos trazer as histórias à tona, evidenciando suas belezas e forças”, explica. “O objetivo é que nosso documentário fale dessas mulheres, que são a saída, a alternativa, para as transformações de seus lugares. Assim estaremos fortalecendo o protagonismo destas populações”, completa a docente.
A próxima oficina realizada no bairro será de Cinema Sustentável, na qual os jovens produzirão um projetor sustentável. Estas iniciativas corroboram para a produção de análises e diagnósticos do desenvolvimento humano integral para as juventudes.
PDHI-LA
Além do projeto desenvolvido pelo Observatório, o Programa de Desenvolvimento Humano Integral – “Levanta-te e anda” (PDHI-LA) tem se reunido com representantes do Campo Belo para planejar as ações do programa “Um Campo Cada Vez Mais Belo” e a realização da 2ª Mostra de Talentos Humanos 2025, marcada para o próximo dia 7 de junho.
O programa trata de “movimentos de transformação social que fortalecem laços, despertam talentos e promovem justiça e equidade”, ressalta o responsável pelo PDHI-LA, Prof. Dr. Everton Silveira. Ele foi criado com o objetivo de desenvolver ações para fortalecer o protagonismo feminino e promover o desenvolvimento social na comunidade.
A iniciativa contará com encontros, formações e a implementação das propostas discutidas, com o objetivo de consolidar um modelo de atuação social que inspire novas parcerias e ações de impacto em outras comunidades.