PUC-Campinas inaugura Laboratório de Biotecnologia Celular e Casa Adaptada
Laboratório trabalhará com células-tronco; e a casa, com serviços e pesquisas para pessoas com deficiências
A PUC-Campinas inaugura no dia 5 de abril, às 10h, no Campus II, o Laboratório de Biotecnologia Celular e a Casa Adaptada. Os dois espaços contribuirão para o desenvolvimento de pesquisas e de serviços prestados pela Universidade.
O laboratório foi planejado e implantado como sendo a peça fundamental para a consolidação da Unidade de Referência em Biotecnologia Regenerativa da PUC-Campinas. Esta unidade tem como objetivo desenvolver procedimentos e protocolos para pesquisa clínica e científica, visando à produção de conhecimentos relativos à produção e utilização de células-tronco adultas e subprodutos de potencial terapêutico.
As pesquisas a serem desenvolvidas nesse laboratório ajudarão a buscar o desenvolvimento de novos produtos aplicados à terapêutica humana e veterinária. O laboratório também será essencial para a formação de Recursos Humanos e desenvolvimento de conhecimento técnico, além de ampliar a comunicação da Universidade com o mercado do desenvolvimento em pesquisa e inovação.
O Laboratório de Biotecnologia Celular conta com infraestrutura e conhecimento técnico para a realização de projetos de pesquisa e desenvolvimento que envolvam extração, isolamento e caracterização, expansão e criopreservação de células-tronco adultas de polpa dentária, execução de teste de eficiência através de ensaios básicos e clínicos de células-tronco, além de prestação de serviços relacionados ao cultivo de outros tipos celulares.
“Tanto a Casa quanto o Laboratório serão importantes para os alunos e para a comunidade como um todo. Na Casa haverá treinamento de cuidadores e o Laboratório será importante porque vai catapultar não só a pesquisa como também o ensino. Cada nova tecnologia gera um aumento de conhecimento em progressão geométrica, e não aritmética. Então, esses espaços se tornam cada vez mais fundamentais”, disse o prof. Dr. José Gonzaga Teixeira de Camargo, diretor do CCV (Centro de Ciências da Vida).
“Não podemos parar, tempos difíceis também são tempos de descobrirmos novos modos de criar, de avançar. Foram nos momentos mais difíceis da nossa história que tivemos grandes descobertas e inovações tecnológicas. Agora, na pandemia, também tivemos a oportunidade de inovar e estamos investindo nesse laboratório”, disse o Arcebispo Metropolitano de Campinas e Grão-Chanceler da PUC-Campinas, D. João Inácio Müller.
Casa Adaptada
A Casa Adaptada é um espaço pedagógico da Clínica de Terapia Ocupacional, que, a partir de agora, poderá servir de laboratório para diversas atividades multiprofissionais, estabelecendo ainda interface com o Programa Vitalità, o Centro de Envelhecimento e Longevidade da PUC-Campinas.
O espaço reproduz as dependências de uma casa (sala, quarto, cozinha, banheiro, área de serviço, jardim) com o conceito de acessibilidade universal vinculado à estrutura física, utensílios adaptados e móveis. Ele atenderá demandas acadêmicas, propiciando aos alunos um espaço de aprendizado e treinamento de técnicas voltadas à facilitação da execução das atividades cotidianas.
A concepção do projeto teve a participação de estudantes da Universidade. Thiago Soares Moreira, da Arquitetura, disse que a experiência foi enriquecedora, contando com a orientação de professores que acompanharam todo o desenvolvimento do projeto.
Quanto às demandas assistenciais, serão realizados atendimentos de pacientes acometidos por limitações funcionais, apresentando dificuldades variadas, como, por exemplo: de locomoção, sensoriais, dificuldades mentais e culturais, dificuldades corporais entendidas por agravos da idade e problemas de saúde como cardiopatias, as quais terão treinamento para as AVDs e AVPs (Atividades de Vida Diária e da Vida Prática) em um ambiente simulado.
A casa será um espaço importante para criação e desenvolvimento de novas tecnologias na perspectiva do morar, em um ambiente que proporcione condições para a preservação/manutenção da autonomia e independência de diferentes públicos.
“A Casa Adaptada coloca um desafio a todos nós. Como pessoas que sofrem restrições de diversos tipos podem ter independência dentro de uma vivência doméstica? O que podemos inventar para diminuir o sofrimento humano de vítimas de acidentes, seja vascular ou de trânsito, ou outras limitações de mobilidade? Como podemos inovar para dar a elas uma vida digna e para que encontrem motivação e esperança?”, disse o Reitor Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior.