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PUC-Campinas realiza COIL Café e destaca a internacionalização em casa

Modelo de ensino é acessível e promove a colaboração entre estudantes

O Manacás foi palco, no último dia 18 de dezembro, da 3ª edição do COIL Café, evento anual que reforça a importância do modelo de ensino “Collaborative Online International Learning” (COIL) na PUC-Campinas e celebra a participação dos professores da Universidade nesse projeto.

Criado em 2006 pelo professor Jon Rubin, da State University of New York (SUNY), o COIL é uma estratégia de “internacionalização em casa” que conecta estudantes de diferentes países para trabalharem juntos em projetos colaborativos on-line, utilizando plataformas digitais e ferramentas de comunicação.

Na PUC-Campinas, neste ano de 2024, 21 professores realizaram 23 projetos com doze instituições estrangeiras em nove diferentes países. Os projetos, realizados dentro de doze componentes curriculares diferentes, puderam impactar aproximadamente 575 alunos de vários cursos da Universidade.

Criado em 2006 pelo professor Jon Rubin, da State University of New York (SUNY), o COIL é uma estratégia de “internacionalização em casa” que conecta estudantes de diferentes países para trabalharem juntos em projetos colaborativos on-line, utilizando plataformas digitais e ferramentas de comunicação.

A iniciativa é coordenada pelo Departamento de Relações Externas (DRE) e conta com o apoio da Pró-Reitoria de Graduação. Estiveram presentes no evento, a Profa. Dra. Cyntia Belgini Andretta, pró-Reitora de Graduação; o Prof. Me. Sérgio Roberto Pereira, representando os decanos das seis escolas da PUC-Campinas; o Prof. Me. Carlos Eduardo Pizzolatto, coordenador do DRE e diretor da Faculdade de Letras e o Prof. Dr. Carlos Augusto Amaral Moreira, mentor do COIL e docente da Escola de Economia e Negócios (EcoN). Também participou do evento, remotamente, o analista de Desenvolvimento de Carreiras e Mobilidade da Departamento Universitario Obrero y Campesino (DUOC), do Chile, e também Coordenador dos projetos COIL nessa instituição que desenvolveu cinco projetos com a PUC-Campinas até o momento, Alejandro Molina.

Iniciativa acessível
Na PUC-Campinas, a proposta dos projetos COIL foi incorporada como uma iniciativa acessível para professores e estudantes. “Nem todos os alunos têm a oportunidade de participar da mobilidade estudantil e o intercâmbio promove realmente uma viagem. Hoje nós temos parcerias para esses projetos do COIL, de colaboração on-line, com Chile, Estados Unidos, Filipinas, Portugal, Argentina, Colômbia, México e outros países”, explica o Prof. Me. Carlos Eduardo Pizzolatto.

O Prof. Dr. Carlos Moreira comenta que, normalmente, a metodologia é atrelada a uma disciplina. “Um professor da PUC-Campinas que está ministrando um componente curricular na Universidade faz parceria com um professor do exterior que está lecionando uma disciplina com alguma similaridade ou com alguma possibilidade de interação. A partir disso, os alunos interagem para desenvolver projetos e têm a oportunidade de experimentar uma vivência intercultural”, disse.

Intercâmbio à distância
O Prof. Dr. João Paulo Hergesel, da Escola de Linguagem e Comunicação (ELC), um dos professores que participaram dos projetos COIL, esclarece que “eu trabalho bastante com a língua portuguesa e o COIL permite que o aluno perceba que o português é uma língua falada para além de Brasil e Portugal. O nosso projeto nesse ano foi com Angola, então, foi expandido um pouco esse cenário da lusofonia e os estudantes puderam compreender que na África também há

A 3ª edição do COIL Café reforçou a importância do modelo de ensino “Collaborative Online International Learning” (COIL) na PUC-Campinas e celebrou a participação dos professores da Universidade nesse projeto.

países que falam português e puderam conhecer um pouco dessa cultura. Ao final, eles produziram um e-book com ensaios sobre as questões identitárias e culturais. Foi um momento em que os alunos daqui puderam estar em Angola, ainda que à distância e fazer amizades com estudantes de lá, aprendendo um pouquinho da cultura deles e percebendo as proximidades que existem entre elas.”

De acordo com o Prof. Me. Francisco de Salles, da Faculdade de Engenharia Elétrica, que também participou dos projetos COIL, o estudante dos dias atuais já tem uma visão mais internacionalizada e está mais preocupado com o que acontece no exterior. “Muitas vezes quando você coloca um desafio em sala de aula, que é fazer algo conjunto com alguém de outro país, isso motiva demais esse estudante, pois ele já não pensa mais naquele tópico em si, mas sim, em como falar melhor, em como propor ou trocar uma ideia e transcende até a própria matéria, buscando outras alternativas”, explica.

Ele completa dizendo que “o método promove o engajamento dos alunos e a integração de diferentes conteúdos de maneira inovadora. Além disso, a experiência global é mais acessível financeiramente, beneficiando um número maior de alunos e alunas”.

Grande oportunidade
Para Beatriz Nogueira Barbosa Carvalho, do sexto semestre de enfermagem, essa é uma grande oportunidade, pois, segundo ela, “o aluno está em um lugar seguro, com pessoas em quem confia, que são os seus professores, seus colegas de sala e, é possível desenvolver, não só a língua, mas outras habilidades de conhecimento cultural e transcultural e, por isso mesmo, eu acho que o COIL é tão importante para a formação acadêmica. A gente sabe que muitos alunos e alunas não têm a oportunidade de fazer intercâmbio ou não podem, mas essa é uma oportunidade que a PUC-Campinas traz para você se conectar e conhecer outras culturas. Para mim, isso é algo essencial na formação acadêmica”.



Daniel Bertagnoli
20 de dezembro de 2024