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PUC-Campinas recebe primeira reunião do Grupo de Estudos de Cosmovisão e Tradição dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana

Primeira atividade contou com uma aula ministrada pelo Dr. Hedio Silva Júnior, doutor em Direito pela PUC SP

O Centro de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros Dra. Nicéa Quintino Amauro recebeu, nesta segunda-feira (7), uma aula inaugural no primeiro encontro do Grupo de Estudos de Cosmovisão e Tradição dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana. A aula foi ministrada pelo Dr. Hedio Silva Júnior, doutor em Direto pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e que desenvolve litigância pro-bono em defesa da igualdade racial e dos direitos das religiões afro-brasileiras. Ele é autor de teses, livros e artigos sobre liberdade de crença, racismo, racismo religioso, e ações afirmativas e defesa do patrimônio cultural afro-brasileiro.

No evento, estiveram presentes o Reitor da Universidade, Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior; a coordenadora do Centro, Profa. Dra. Waleska Miguel; a presidente da Associação Dos Religiosos de Matriz Africana de Campinas e Região (Armac), comendadora Edna Almeida Lourenço; a diretora da Faculdade de Pedagogia, Profa. Dra. Eliete Aparecida de Godoy; o coordenador da CACI (Coordenadoria Geral de Atenção à Comunidade Interna), José Donizete de Souza, entre outros integrantes da comunidade negra de Campinas e professores.

A aula foi aberta com a participação da comendadora Edna, que agradeceu a presença de todos e reforçou: “se nós formos comprometidos, podemos fazer uma publicação do nosso trabalho. Para isso, temos que acreditar no que estamos fazendo e entender que tudo isso é algo que conquistamos”, afirmou.

O Reitor da Universidade agradeceu a todos e salientou a importância dos estudos desenvolvidos no Centro. “Este é um centro de estudos, de reflexão e também de formação. A ideia é fornecermos essa formação para dentro e para fora da Universidade”, explicou o professor. “Vocês estão em um espaço nobre na Universidade. Aqui, em frente, nós inauguramos, em fevereiro, a partir de um consórcio de empresas, um laboratório de inteligência artificial e internet das coisas. Então, vamos ter um centro de pesquisas lá e outro centro de pesquisa aqui e os dois juntos potencializam a Universidade naquilo que é a sua atividade fim: pesquisar, ensinar, e desenvolver, à serviço da sociedade”, completou o Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior.

Na sequência, a aula inaugural teve início. O palestrante falou sobre o racismo, as religiões africanas e a luta por uma sociedade mais tolerante. Relembrou os casos de intolerância religiosa, de discurso de ódio e de ataques à democracia e também pediu união e respeito com a cultura africana. Depois da aula, o evento abriu para perguntas e debate sobre o tema analisado.

Grupo de Estudos

O Grupo de Estudos de Cosmovisão e Tradição dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana tem como objetivo desmistificar os preconceitos associados às crenças de tradição afro na Universidade, abordando vários temas, como origens e tradições; ancestralidade e oralidade; territórios tradicionais; interfaces das culturas tradicionais; saúde e alimentação; responsabilidade com o meio ambiente.



Carlos Giacomeli
7 de maio de 2024