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RMC interrompe série negativa e gera 2,8 mil empregos em julho

Setor de Serviços e Construção Civil puxam desempenho positivo; jovens ocupam maioria das vagas, mostra estudo do Observatório PUC-Campinas

Os municípios que integram a Região Metropolitana de Campinas (RMC) geraram 2.824 novos postos de trabalho no mês de julho. Com o resultado, impulsionado pelo aumento de vagas nos setores de Serviços e de Construção Civil, a RMC interrompe a sequência de saldos negativos na criação de empregos, observados nos dois meses anteriores.

De acordo com o estudo do Observatório PUC-Campinas, fruto da análise sistemática de dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mais de um terço das novas vagas decorrem das atividades de Serviços, sobretudo nos segmentos de alojamento e alimentação. O Setor de Construção Civil também teve destaque com a criação de 922 novas oportunidades no período.

O resultado apresentado, embora positivo, ainda não indica uma recuperação da economia. Os setores industriais, essenciais para sustentar a dinâmica da geração de empregos, tiveram outra vez um desempenho abaixo da expectativa. No total, foram 159 novas vagas preenchidas, sendo 101 para o segmento metalúrgico.

Seguindo a tendência dos últimos meses, grande parte dos contratados está inserido na faixa de 18 a 24 anos. Os jovens presentes neste intervalo de idade foram responsáveis pela ocupação de 1.885 postos de trabalho, o correspondente a 66,7% do total de vagas oferecidas. Segundo a economista e professora extensionista Eliane Rosandiski, que coordenou a análise, os números indicam a substituição de profissionais mais velhos como estratégia de redução de custos.

“Além do fechamento de 506 vagas em julho para pessoas entre 50 e 65 anos, foi possível notar que o salário médio pago aos jovens contratados, de R$ 1.448,00, é aproximadamente 20% inferior à remuneração média geral do período, considerando todas as faixas etárias. Assim, entende-se que a preferência por funcionários mais novos é uma artimanha das empresas para diminuir custos trabalhistas”, destaca.

Em relação aos municípios, Paulínia manteve uma trajetória favorável ao criar 538 novos postos. Campinas e Valinhos, por sua vez, reverteram as quedas de junho e geraram 368 e 358 vagas, respectivamente. Em contrapartida, Hortolândia ostentou o pior resultado com saldo negativo de 98 vagas.

No acumulado do ano, o saldo de emprego gerado na RMC atingiu o patamar de 12.992 novos postos de trabalhos formais, o que equivale a 7,5% do emprego criado em São Paulo e 3,5% no Brasil.

Observatório PUC-Campinas

O Observatório PUC-Campinas é responsável pelo monitoramento de dados socioeconômicos da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e está, atualmente, amparado em quatro eixos temáticos: Atividade Econômica/Comércio Internacional; Emprego/Renda; Sustentabilidade/ Desafios do Milênio; e Indicadores Sociais. Os estudos se estruturam na seleção de indicadores e análise sistêmica de dados que podem ser usados em diversos setores da sociedade.



Vinícius Purgato
27 de agosto de 2019