Semana de Relações Internacionais realiza ciclo de debates sobre os principais temas da área
Terceira edição do evento promoveu ainda a troca de experiências entre estudantes e docentes
O Campus I da PUC-Campinas recebeu, entre os dias 4 e 8 de novembro, a terceira edição da Semana de Relações Internacionais da Universidade. O evento, ocorrido na Sala 900, localizada no prédio H02, objetivou realizar um ciclo de debates sobre os principais e mais recentes temas na área de relações internacionais, promovendo a troca de conhecimentos e experiências entre estudantes e docentes. As palestras e atividades práticas contaram como presença e serviram como horas complementares para os estudantes.
Organizado em parceria com o Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CARI) XXVI de Setembro, a Semana contou com o tema “Onde a Mídia Não Chega: Acendendo Novos Holofotes” e buscou expandir os horizontes dos alunos e alunas sobre a atuação do profissional de Relações Internacionais, trazendo para palestrar pessoas que estão atuando na área, mas fora do contexto acadêmico.
De acordo com a coordenadora do Curso de Relações Internacionais da PUC-Campinas, a Profa. Dra. Kelly de Souza Ferreira, o tema não foi escolhido para criticar a mídia, mas, sim, para ressaltar que “na correria do dia-a-dia e no mundo dos algoritmos, apenas um conjunto de países e seus problemas acabam ganhando atenção e nos esquecemos do que ocorre em outras regiões do mundo. Por conta disso, a ideia foi mostrar o que acontece nesses lugares e causar curiosidade nos estudantes para que eles passassem a realizar uma busca ativa sobre esses fatos que, muitas vezes, não chegam facilmente até nós”.
Atividades e temas discutidos
As atividades, que aconteceram durante todos os dias do evento, das 10h às 11h30 e das 19h20 às 21h, incluíram atividades práticas nas quais os alunos e alunas tiveram de participar ativamente fazendo simulações, confeccionando materiais interativos e até mesmo dançando ou tocando instrumentos.
Além da realização de uma visita técnica para o Museu da Imigração, localizado no bairro da Mooca, em São Paulo, aconteceram duas dinâmicas, sendo uma sobre as vivências dos refugiados no Brasil e a outra sobre o diálogo com a mídia, e uma sala imersiva cujo tema foi “Vivências Africanas”.
Em relação as palestras, foram discutidos assuntos como a relação da mídia com a imigração e os seus impactos políticos; os conflitos que acontecem atualmente na África e que não têm ganhado destaque na grande imprensa; a atuação das organizações não-governamentais (ONGs) na vida dos refugiados e imigrantes; a mídia como ator do sistema internacional; a crise dos refugiados, a questão dos apátridas e o gerenciamento dos expatriados no Brasil; e a dinâmica dos conflitos de (des)construção do espaço africano.
“Ao final, essa foi uma das semanas de Relações Internacionais de maior comparecimento, com cerca de duzentas pessoas por dia, em média, prestigiando os eventos, sendo 65 pela manhã e cem à noite. Além disso, houve uma boa mistura de temas e atividades e o mais legal é que foram os próprios estudantes, por meio do CARI, que definiram quase tudo. A direção atuou selecionando algumas das atividades, mas a maioria ocorreu por parte deles”, encerra a professora Kelly.