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Universidade faz parceria com empresa para financiamento de pesquisas

Estudantes vão pesquisar polímeros reforçados com fibras que podem substituir uso de aço em concreto

A PUC-Campinas e a empresa Haizer assinaram um convênio na manhã de quinta-feira (30/01) para o desenvolvimento de pesquisas sobre polímeros reforçados com fibras para estruturas de concreto. Uma série de testes e avaliações será feita por pesquisadores e alunos do Curso de Pós-Graduação em Sistemas de Infraestrutura Urbana da Universidade por um período de dois anos. As pesquisas, financiadas em parte pela empresa, devem começar em fevereiro.

Participaram da assinatura da parceria o Reitor Prof. Dr. Germano Rigacci Júnior, o Vice-Reitor Prof. Dr. Pe. José Benedito de Almeida David, o sócio administrador da Haizer, Marlos Gaio, a Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Profa. Dra. Alessandra Borin Nogueira e representantes da áreao.

O objetivo do trabalho conjunto é avaliar produtos que são alternativas mais resistentes e com baixo impacto ambiental para substituir o uso de aço em construções, pavimentações e outras aplicações.

As pesquisas serão divididas em três linhas distintas. Uma vai avaliar o comportamento mecânico dos materiais, outra analisará vigas e uma terceira ancoragens. Além das análises, deverão ser construídos protótipos nos laboratórios da Universidade. Atualmente, a Haizer importa esse material e comercializa para uso em obras no Brasil.

Os testes e análises que serão realizados na PUC-Campinas servirão como base para o desenvolvimento de materiais que serão produzidos no país em uma fábrica que a Haizer deve abrir em breve. “Nós importamos atualmente esse produto da Rússia, mas nossa intenção é ‘tropicalizar’ a tecnologia e implantá-la no Brasil”, disse Marlos.

Ele explicou que o material já é utilizado há mais de 30 anos no exterior em diversos tipos de obras. A vantagem é que ele é muito mais leve que aço, resiste a oxidações, não conduz eletricidade e tem um tempo de vida muito maior.

Por isso, é ideal para a utilização principalmente em construções em regiões litorâneas, onde a corrosão é maior. Por ser mais leve, ele também diminui o peso das estruturas das obras, resultando na redução do uso de outros materiais de sustentação na construção.

“Além de todas essas vantagens, há os ganhos ambientais, pois esse material com fibra de basalto ou de vidro não é tóxico e não polui o meio ambiente”, afirmou.

O Reitor Germano ressaltou a importância desse tipo de parceria com empresas, principalmente no desenvolvimento de projetos que unem inovação e sustentabilidade.



Marcelo Andriotti
30 de janeiro de 2020